SILÊNCIO GRITANTE
O silêncio dos deputados estaduais do PSD diante das críticas de Vanda Monteiro (UB) à insistente oposição do presidente do partido, senador Irajá, ao governo Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi gritante. A parlamentar foi à tribuna na manhã dessa quarta-feira, 26, e avaliou que os frequentes ataques de Irajá – derrotado nas eleições de outubro para o Palácio – são “incabíveis” e “mostram claramente uma situação de palanque político e não uma real defesa ao povo tocantinense”.
NADA A DECLARAR
O PSD de Irajá fez três deputados estaduais nas eleições do ano passado: Winston Gomes, Luciano Oliveira e Eduardo Fortes. Contudo, nenhum deles pediu a palavra para sair em defesa do presidente de seu partido. Silêncio sepulcral no plenário.
SILÊNCIO CONFIRMA FORÇA
A mudez deles diante do discurso firme e contundente de Vanda confirma a força que o governador Wanderlei Barbosa tem dentro da Assembleia.
NÃO TEM TEMPO
Quem se pronunciou após a fala de Vanda foi o presidente do Legislativo, Amélio Cayres (Republicanos), que parabenizou a colega. “Porque tudo que Vossa Excelência disse na tribuna é verídico. Haja vista que nós temos hoje um índice de aprovação excelente do nosso governador, que não tem tempo para estar debatendo na tribuna, porque realmente tem trabalhado muito por este estado”, alfinetou Amélio.
PAINEL DE GOVERNANÇA
Na reunião com seu secretariado nessa quarta, a maior cobrança de Wanderlei foi em relação à governança das secretarias. Vai ser instalado um painel no qual todas as pastas terão seus cronogramas de ações inseridas e a execução será acompanhada diretamente pelo governador, que vai cobrar resultados dos titulares.
NOS MOLDES DO PAC
Uma novidade que o Palácio está trabalhando em silêncio é um grande programa estadual nos moldes do PAC. Os detalhes ainda são mantidos em segredo. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi um plano lançado no segundo mandato do presidente Lula, em 2007, que visou estimular o crescimento da economia brasileira, através do investimento em obras de infraestrutura (portos, rodovias, aeroportos, redes de esgoto, geração de energia, hidrovias, ferrovias, etc.).
TEM LÓGICA
Os deputados estaduais Olyntho Neto e Jorge Frederico comentaram, a pedido da coluna, a reivindicação do deputado federal Alexandre Guimarães pela presidência do Republicanos de Araguaína, como seus colegas de Câmara Ricardo Ayres e Antônio Andrade ficaram com o comando da sigla em Palmas e Porto Nacional, respectivamente. Para Olyntho, partindo do princípio já adotado, a lógica seria mesmo o comando para Guimarães, com os outros líderes compondo a executiva municipal. “Até porque a verba partidária é baseada nos deputados federais, então, a lógica leva a um favorecimento deles”, argumentou. Além disso, o parlamentar lembrou que Guimarães foi o membro da legenda mais bem votado em Araguaína, com 13.732 votos. Jorge Frederico chegou perto para estadual – fez 12.443 votos.
UMA COISA E OUTRA COISA
Contudo, Olyntho pondera que “uma coisa é o comando [do partido], outra é a discussão das eleições municipais”. “Que vai se dar no momento correto”, avisou.
SEM DISPUTA INTERNA
Jorge Frederico disse que a reivindicação de Guimarães é “muito natural” e que “não existe disputa interna”. “É um partido gigante e com grandes líderes no Estado inteiro. Em Araguaína não é diferente. Somos um partido com significativos líderes políticos, como o vereador Enoque [Neto] e os deputados Alexandre, Olyntho, os ex-deputados Issan [Saado], Valderez [Castelo Branco] e César Halum. É muito coerente que um partido desse tamanho tenha interesses comuns, que, no caso, é a presidência”, defendeu.
TEM PROJETO CONSISTENTE
Ele disse acreditar que este será “um diálogo feito naturalmente, sem truculência e conduzido pelo presidente do partido, que é nosso líder, o governador Wanderlei Barbosa”. “O ano que vem é um ano de eleição municipal e eu trabalho há muitos anos um projeto consistente que tem se provado a cada eleição. Me encontro num momento muito pronto e construindo esse projeto na base do diálogo com todos de bem”, avisou, em referência à sua pré-candidatura a prefeito.
A MÃO DE PASTOR AMARILDO
Na reviravolta sobre o suplente que ocupará a vaga do deputado estadual Vilmar de Oliveira (SD) na Assembleia, a partir de segunda-feira, 1º, nos bastidores, o que se diz é que as mudanças de rumo se devem à intervenção do ex-deputado federal e principal líder da Assembleia de Deus – Ministério Madureira, pastor Amarildo Martins. Segundo a coluna apurou, estava tudo certo mesmo para que o terceiro suplente, o ex-vereador de Guaraí Saboinha Júnior, assumisse, já que o primeiro, Marcos Duarte, presidente da Câmara de Araguaína; e o segundo, o vereador de Gurupi Ivanilson Marinho, estavam dispostos a abrir mão da oportunidade. Pastor Amarildo, porém, defende que seria importante um dos dois membros de sua igreja – Duarte ou Marinho – assumir a vaga.
SABOINHA NÃO ASSUME
Fato é que Saboinha não deverá mesmo ter este oportunidade agora. Contudo, ainda se está definindo quem deve assumir, se o presidente da Câmara de Araguaína ou o vereador de Gurupi.
PODE ADIAR LICENÇA
Mas, em meio ao imbróglio, Vilmar pode adiar sua licença médica. Ele explicou à coluna que pretende ir a São Paulo fazer os exames e o acompanhamento médico. No entanto, disse que não está conseguindo agenda médica antes de julho. Daí a possibilidade de adiar o afastamento da Assembleia. “Mas não está definido”, ressalvou o parlamentar.
HOMENAGEM AO DR. JOSÉ MARIA
A biblioteca do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – Escola Superior do Ministério Público do Tocantins (Cesaf-ESMP) ganhou o nome de “José Maria da Silva Júnior”, em homenagem ao procurador de Justiça falecido em 9 de março, aos 57 anos. Além de ter se destacado por sua atuação na área ambiental, Silva Júnior ocupou diversas outras funções de gestão no MPE, incluindo a de coordenador do Cesaf. A biblioteca deste centro de estudos é destinada aos integrantes do MPTO e ao público externo matriculado nos cursos oferecidos pela instituição.