O FOCO DE WANDERLEI
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) está de volta ao Brasil e chega ao Tocantins ainda nesta terça-feira, 12, tendo como prioridade a aprovação da Reforma da Previdência pela Assembleia. Outro tema que Wanderlei quer definir é a questão do subteto do funcionalismo. As categorias do alto escalão dos servidores querem desvincular seus ganhos do governador e atrelá-los ao do desembargador, como forma de despolitizar. É que se o chefe do Executivo – como já ocorreu – quiser fazer uma média com o eleitorado e derrubar seu salário, que é o teto, todas categorias mais bem remuneradas perdem porque não podem receber acima desse valor.
IMPACTO PREOCUPA
A questão que preocupa o governo é o impacto que essa mudança pode representar para as contas públicas. A categoria já se dispôs a aceitar as recomposições de forma gradual, vinculando o salário ao do desembargador, mas a Procuradoria do Estado alertou que, aprovada a PEC, alguém pode ir à Justiça exigindo essa recomposição de uma só vez.
PRESSÃO É GRANDE
A tese que ganha terreno é de manter o teto vinculado ao governador e ir recompondo gradualmente, como a coluna já divulgou. Contudo, a pressão sobre Wanderlei é grande e ele ainda não bateu o martelo sobre o que pretende fazer.
COM DEPUTADOS E EQUIPE
Para discutir a reforma da Previdência e o subteto, o governador deve se reunir no final da tarde com os deputados estaduais e sua equipe.
A IGUALDADE RACIAL
Outro tema que Wanderlei deve resolver na sua volta ao Tocantins é a nomeação do titular da novíssima Secretaria Estadual da Igualdade Racial. Como a coluna afirmou nessa segunda-feira, 11, o presidente do PT, José Roberto, num acordo com o governador, deve indicar o titular da pasta – o nome seria o ex-vereador petista de Conceição do Tocantins Drawlas Ribeiro, que é professor de sociologia.
SINTET NÃO INDICA
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), José Roque, negou à coluna, via assessoria de imprensa, que esteja fazendo essa indicação com Zé Roberto. Após a divulgação dessa informação, ele foi muito criticado em grupos de WhatsApp, mas garantiu que não tem nada a ver com a história. “O Sintet não indica, nunca indicou, nunca referendou qualquer nome dos seus quadros de dirigentes para cargos em qualquer governo, de qualquer corrente ideológica e partidária, ontem e hoje”, afirmou. “Inclusive, conforme disposição estatutária, o diretor que assumir cargo de confiança em governos, e que não seja por eleição, deverá se afastar da direção.”
SECRETÁRIO DA PASTA
Drawlas Ribeiro é justamente o secretário de Combate ao Racismo do Sintet.
PRECISA DE IDENTIDADE
Quem também falou sobre o assunto foi o ex-deputado Paulo Mourão, candidato a governador do PT no ano passado. Mourão disse não quer se manifestar politicamente neste momento em que tem se dedicado às suas empresas. No entanto, ele avalia que o partido vive um momento em que “não tem identidade” e que, por isso, defende que o PT “precisa assumir uma posição”. “Seja a favor ou contra o governo, o que não pode é continuar sem identidade”, sustentou.
CONVERSAS ADIANTADAS
Nos bastidores do União Brasil, o que se diz é que estão bem adiantadas a conversa sobre a transferência da deputada estadual e pré-candidata a prefeita de Palmas, Janad Valcari, do PL para o partido da senadora Dorinha Seabra Rezende. A leitura é que Janad não terá qualquer dificuldade para conseguir a carta de anuência do PL, presidido pelo senador Eduardo Gomes, documento que garante sua desfiliação sem correr o risco de perder o mandato na Assembleia.
SEM ANUÊNCIA
Já essas fontes reafirmam que a deputada estadual Vanda Monteiro não terá o documento para deixar o UB, caso queira mesmo se filiar ao PDT.
A POSIÇÃO DE MARCUS
Em Araguaína seguem as especulações sobre a posição que o deputado estadual Marcus Marcelo (PL) vai tomar sobre seu possível e cogitado ingresso na base do Palácio e se isso resultará num apoio à pré-candidatura a prefeito da cidade do deputado Jorge Frederico (Republicanos), o nome do governador Wanderlei para a disputa; ou se vai continuar no palanque do prefeito Wagner Rodrigues, diga-se, do qual era vice até o início do ano, quando renunciou ao cargo para assumir sua vaga na Assembleia.
PREFEITO FICOU DE PROCURAR
Aliados de Wagner contam à coluna que, sempre que questionado, Marcus diz que só fala em eleição ano que vem, depois de fevereiro ou março. Essas mesmas fontes afirmam que o deputado é muito amigo do ex-prefeito Ronaldo Dimas (PL), mas que há uma insatisfação do parlamentar com a maneira de fazer política de Wagner. As expectativa desses aliados é de que prefeito e deputado tenham uma conversa ainda este ano – Wagner, conforme esses interlocutores, ficou de procurar Marcus, mas ainda não o fez.
DE DECISÕES FORTES E PALAVRA
De toda forma, no entorno do prefeito, a impressão sobre o deputado é a melhor possível. É o que conta à coluna um fortíssimo aliado de Wagner: “O deputado é um homem com decisões fortes, de palavra. Depois que ele toma uma decisão, não volta atrás, seja contra ou a favor de alguém, famoso prego batido, ponta virada. É uma pessoa muito correta, sério e de decisões”.
ALMOÇO COM DILMA
A ex-senadora Kátia Abreu (PP) contou em suas redes sociais ter almoçado nessa segunda-feira, 11, com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics – o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, sediado em Xangai, na China. Também participou Eleonora Menicucci de Oliveira, ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo Dilma. “Só alegria e muitas novidades”, afirmou Kátia sobre a conversa com ex-presidente, de quem a ex-senadora disse que “estava morta de saudades”. “Seis meses sem vê-la. Ela está muito feliz na China. Ela merece tudo de bom desta vida. Um ser humano da maior dignidade”, garantiu Kátia.
RECESSO A PARTIR DO DIA 20
A coluna Em Off entrará em recesso no dia 20 e volta aos bastidores a partir de 8 de janeiro.