Cerca de 100 empresas que fazem o transporte escolar rural para a rede estadual de ensino prometem parar a partir desta segunda-feira, 17. Eles dizem que estão há três meses sem receber do governo do Estado. Vários deles contaram à coluna que prestam serviço para uma empresa chamada Atlântico Transporte, que é a contratada pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
EMPRESA TAMBÉM NÃO RECEBE
O problema, disseram, é que o governo não paga essa Atlântico, que, portanto, não tem como repassar os valores às empresas terceirizadas pelo serviço prestado à rede estadual de ensino. Eles atuam em quase todos os municípios tocantinenses.
NOVO EPISÓDIO
É mais um episódio envolvendo o transporte escolar rural, que foi cortado — sem aviso prévio — em algumas cidades, como Araguaína, Pedro Afonso e Gurupi. Nessa última foi resolvido provisoriamente, com o Estado mantendo o serviço até o município concluir a licitação.
OUTRO SINTOMA DA NOVA CRISE FISCAL
É mais um sintoma da nova crise fiscal, que começa a mostrar suas garras. O governo do Tocantins não pagou o programa “Tocando em Frente” para pelo menos 35 prefeituras e não está quitando as contas com prestadores de serviços do Servir, o plano de saúde dos servidores. O Estado aumentou o gasto com pessoal em mais de sete pontos entre 2021 e 2024, extrapolando limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal e encostando no limite prudencial. Nesse período, o gasto com folha cresceu R$ 1,3 bilhão, de R$ 5,3 bilhões para R$ 6,6 bilhões.