A deputada estadual Janad Valcari (PL) rebateu em nota à coluna a entrevista do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao site Gazeta do Cerrado nessa quinta-feira, 14, e se disse pronta atuar na oposição, “se querem me empurrar”. Na nota, ela defende que o governador não entrou na sua campanha no primeiro turno. “Quatro dias após a convenção, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na casa dele e dos filhos, por suspeita de desvio de cestas básicas. Isso é de conhecimento público”, lembrou, sobre a Fames-19. “Quem entende de política sabe: ele não entrou na campanha no primeiro turno até porque teve a operação da Polícia Federal, que completa agora um ano, ele ficou extremamente abatido e se afastou daquele momento político.”
NUNCA DISSE
Ao contrário do que afirmou o governador ao Gazeta, Janad garantiu que ele nunca lhe disse que não queria apoiá-la na campanha do ano passado. “Estive com ele apenas uma vez, numa reunião para tratar de assuntos de Palmas. Estavam presentes eu, Gaguim, Gomes e meu esposo Ordiley. E não me lembro de ter ouvido essa fala dele. Se ele tivesse me dito isso, eu teria seguido o meu caminho — como sempre fiz”, ponderou.
ACORDO CUMPRIDO, E NÃO FOI POUCA COISA
Sobre as duas vezes que Wanderlei afirmou ter apoiado Janad, a deputada contou que, na primeira vez, na eleição da presidência da Câmara de Palmas, “até onde eu sei tudo que foi acordado com o irmão dele [Marilon Barbosa, Republicanos] foi cumprido e todo mundo sabe disso”. “E, por sinal, não foi pouca coisa, não. Se alguém quiser saber detalhes, basta perguntar diretamente ao irmão do governador se ele tem algo a reclamar de mim”, recomendou.
NÃO DEU CONTA
A parlamentar lembrou da eleição da presidência da Câmara, em janeiro, e disse que ficou 30 dias trabalhando para que o irmão de Wanderlei, Marilon Barbosa, “não perdesse”. “E todo mundo sabe que, se não fosse o que eu fiz, ele teria perdido. Até porque ele não deu conta de conseguir nem o voto da prima primeira dele, a vereadora Iolanda [Castro, Republicanos], nem do vereador Márcio [Reis, PSDB], esposo da deputada Vanda [Monteiro, UB]”, alfinetou Janad.
SE BASEANDO EM FOFOCA
Sobre as decisões de Janad que Wanderlei disse que chegaram ao seu conhecimento e o fez não querer mais a convivência da deputada, ela avaliou que “isso só mostra que o governador está se baseando em conversas de terceiros — ou seja, em fofoca”. “Eu não sou tratada como figura oculta na política. Tudo o que faço é público, às claras, com posicionamento firme. Se há algo que ele quisesse saber diretamente de mim, bastava me chamar e perguntar. Eu sempre estive acessível. Mas, se ele prefere se guiar por cochichos de bastidores, não sou eu quem vai entrar nesse tipo de jogo”, ressaltou.
SEM BAJULAÇÃO
Para Janad, há deputados que passam o dia “negociando” e ela não bajula. “Eu não faço parte do convívio do governador mesmo não. Não me misturo com gente que vive 24 horas por dia bajulando. Não sou do tipo de gente que faz tudo por poder. Meu mandato foi conquistado com luta, por mim, com minha família, com meus companheiros e com o povo. Não cheguei onde estou lambendo bota de ninguém. Não sou como certos deputados que passam o dia inteiro nos corredores das secretarias, negociando. Eu não uso cabresto. Cabresto ficou foi pra égua e cavalo.”
PRONTA PARA A OPOSIÇÃO
Janad termina a nota dizendo que tem posição. “Minha candidata é a professora Dorinha [Seabra Rezende, UB]”. E avisou: “Não sou gato e nem caco de vidro pra ficar em cima do muro. Se ele está empurrando a Janad para oposição, não tem problema nenhum. Fico lá com tranquilidade. Até porque, o que eu tenho hoje dentro do governo não enche uma Kombi”.
Confira a íntegra da nota que Janad enviou à CCT:
“Não sou gato, nem caco de vidro pra ficar em cima do muro.
Se querem me empurrar pra oposição, tô pronta!
Não falo isso pelos cantos. Tudo o que faço é às claras, sem esconder nada. E repito com toda firmeza: o governador não entrou na minha campanha no primeiro turno.
Quatro dias após a convenção, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na casa dele e dos filhos, por suspeita de desvio de cestas básicas. Isso é de conhecimento público.
Sobre essa história de que ele ‘não queria me apoiar’, pra mim, ele nunca falou isso.
Estive com ele apenas uma vez, numa reunião para tratar de assuntos de Palmas. Estavam presentes eu, Gaguim, Gomes e meu esposo Ordiley.
E não me lembro de ter ouvido essa fala dele.
Se ele tivesse me dito isso, eu teria seguido o meu caminho — como sempre fiz.
Quem entende de política sabe: ele não entrou na campanha no primeiro turno até porque teve a operação da Polícia Federal, que completa agora um ano, ele ficou extremamente abatido e se afastou daquele momento político.
Quanto ao apoio que recebi por duas vezes dele, na primeira vez na eleição da presidência da câmara, até onde eu sei tudo que foi acordado com o irmão dele foi cumprido e todo mundo sabe disso, e por sinal não foi pouca coisa não.
Se alguém quiser saber detalhes, basta perguntar diretamente ao irmão do governador se ele tem algo a reclamar de mim.
Na eleição da presidência da Câmara, fiquei 30 dias trabalhando para que o irmão dele não perdesse. E todo mundo sabe que, se não fosse o que eu fiz, ele teria perdido.
Até porque ele não deu conta de conseguir nem o voto da prima primeira dele a vereadora Iolanda, nem do vereador Márcio, esposo da deputada Vanda.
Esses são os fatos.
Ele disse na entrevista que ‘eu tomei algumas decisões que chegaram ao conhecimento dele’. Pois bem, isso só mostra que o governador está se baseando em conversas de terceiros — ou seja, em fofoca.
Eu não sou tratada como figura oculta na política. Tudo o que faço é público, às claras, com posicionamento firme.
Se há algo que ele quisesse saber diretamente de mim, bastava me chamar e perguntar. Eu sempre estive acessível.
Mas se ele prefere se guiar por cochichos de bastidores, não sou eu quem vai entrar nesse tipo de jogo.
Eu não faço parte do convívio do governador mesmo não.
Não me misturo com gente que vive 24 horas por dia bajulando.
Não sou do tipo de gente que faz tudo por poder.
Meu mandato foi conquistado com luta, por mim, com minha família, com meus companheiros e com o povo.
Não cheguei onde estou lambendo bota de ninguém.
Não sou como certos deputados que passam o dia inteiro nos corredores das secretarias, negociando.
Eu não uso cabresto. Cabresto ficou foi pra égua e cavalo.
Tenho lado, tenho posição.
Minha candidata é a professora Dorinha.
Não sou gato e nem caco de vidro pra ficar em cima do muro.”
Se ele está empurrando a Janad para oposição, não tem problema nenhum.
Fico lá com tranquilidade.
Até porque, o que eu tenho hoje dentro do governo não enche uma Kombi”.