No discurso no lançamento da 25ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) na manhã desta segunda-feira, 31, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi para o confronto com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois foram os pontos de insatisfação revelados pelo republicano: a falta de autorização para pavimentar trechos que ligam Tocantínia e Lajeado, por conta de territórios indígenas; e uma falta de apoio para garantir a manutenção das rodovias estaduais que tornaram-se rota alternativa com a queda da Ponte Juscelino Kubitschek, entre Aguiarnópolis e Estreito. “Às vezes, eles ficam querendo transferir a responsabilidade por motivação política porque às vezes sou de um segmento ideológico diferente, mas não dá para ser assim”, afirmou Wanderlei, que só entrou na campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, no segundo turno e após ser puxado pelo beiço pelo agronegócio do Tocantins.
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FUNAI E IBAMA PARALISAM DESENVOLVIMENTO DO ESTADO
Wanderlei Barbosa responsabiliza a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por não conseguir pavimentar trechos que envolvem territórios com aldeias. “É um absurdo a gente não conseguir licenciar porque eles não permitem, a Funai, o Ibama. São eles que paralisam o desenvolvimento neste Estado”, disparou o chefe do Poder Executivo, que também cobrou a construção de um aterro em Xambioá.
DEIXARAM UMA PONTE CAIR
O governador foi além e para criticar a situação lembrou da queda da Ponte Juscelino Kubitschek. “Deixaram uma ponte cair e não permite que nós passemos sete quilômetros de asfalto e tirem uma comunidade como a de Tocantínia do isolamento. É um absurdo! São trinta e seis anos de história, isso agride o nosso sentimento”, afirmou. Wanderlei Barbosa ainda argumenta que “100% da comunidade indígena quer” a pavimentação.
PEDIDO DE APOIO É COERENTE
Wanderlei Barbosa também argumentou ser justo um apoio mais efetivo da União na manutenção das rodovias estaduais na região impactada pela queda da Ponte JK. “A reclamação nossa obedece um critério de coerência. Nós temos que ter um cuidado com tudo isso, mas a gente sabe que quem não cuidou da ponte não foi o governo do Estado. Às vezes as pessoas nas redes sociais não sabem que aquela ponte é de responsabilidade do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], do Ministério dos Transportes e do governo federal”, pontuou o governador. “Um prejuízo que estamos levando em toda a malha asfáltica daquela região inteira e nós precisamos deste suporte”, acrescentou.