A trama em torno da eleição da mesa da Câmara de Araguaína ainda repercute no meio político da cidade. Grupos em torno do prefeito Wagner Rodrigues (UB) se mostram incomodados com as intenções do deputado federal Alexandre Guimarães (MDB). Motivo: para eles, a trama jamais avançaria sem o aval do parlamentar, aliado de Wagner e que indicou o irmão, Israel (MDB), de vice do segundo mandato do prefeito; e de quem o novo presidente do Legislativo local, Max Baroli (MDB), é fiel escudeiro.
MAX PROCUROU WAGNER
Pessoas próximas do prefeito contaram à coluna que Max chegou a procurar Wagner em dezembro em busca de apoio a uma candidatura a presidente da Câmara. Contudo, o gestor disse ao emedebista que já tinha compromisso com Marcos Duarte (PSD). Diante disso, relataram essas fontes, Max apertou a mão de Wagner, agradeceu a franqueza e disse que terminaria ali sua intenção de disputar a presidência.
DEVERIA TER AGIDO COM TRANSPARÊNCIA
Porém, deu no que deu. Numa articulação que envolveu, avaliam os aliados do prefeito, Guimarães, que defendem que deveria ter agido com transparência com Wagner.
REUNIÃO PARA APARAR AS ARESTAS
Na tarde de quarta-feira, 8, o prefeito recebeu Guimarães e o irmão, o vice-prefeito Israel, para aparar as arestas, sobretudo no que diz respeito à participação do grupo do deputado na gestão. O parlamentar vinha demonstrando insatisfação com a resistência de Wagner ao nome que ele queria para comandar a Secretaria da Habitação, Claudiel Santos (MDB), primeiro suplente de vereador. O prefeito preferia o vice Israel na pasta, mas Guimarães insistiu em Claudiel, nome que acabou prevalecendo.
IMPORTANTES ALINHAMENTOS
Após a reunião, o deputado postou em seu Instagram que foram discutidos “importantes alinhamentos para este início de gestão, sempre pautados pela responsabilidade e pelo compromisso com o futuro de Araguaína”; e garantiu: “Nosso objetivo é claro: construir uma Araguaína cada vez maior, com mais oportunidades e desenvolvimento para nossa população. Acreditamos no potencial dessa gestão e reafirmamos nosso compromisso de investir nosso mandato em ações que promovam o bem-estar de todos. Estamos prontos para somar esforços e colocar nosso trabalho à disposição do povo araguainense. Com união e determinação, vamos avançar e produzir ainda mais”.
SEM ESTRUTURA
Há ainda discussão sobre a estrutura. O que se diz é que, pelo acordo, Wagner daria toda a estrutura da Saúde e da Habitação para Guimarães colocar seu pessoal. A ocupação seria pela ordem de colocação dos suplentes do MDB nas eleições de outubro. Assim, Claudiel, primeiro suplente, seria o secretário da Habitação e o médico Claudivan de Abreu, o secretário da Saúde. Contudo, o prefeito, dizem, acabou não aceitando. Escolheu o ex-vereador Edimar Leandro (MDB), quarto suplente, para secretário executivo da Habitação e manteve a secretária da Saúde, Ana Paula Abadia, dando apenas a secretaria executiva para o grupo de Guimarães — na vaga está Adriano Bessa, desde a saída do ex-deputado estadual Raimundo Palito, que se aliou ao Palácio.