O prefeito de Nazaré, Clayton Paulo (PSD), denunciou nas redes sociais a ação truculenta e ameaça de um policial militar durante a partida entre o Tocantinópolis e Atlético Mineiro nesta terça-feira, 18, pela Copa do Brasil. O político registrou boletim de ocorrência e emitiu nota para cobrar a abertura de investigação contra o servidor.
ENTENDA
Conforme relatado pelo prefeito na nota e no boletim de ocorrência, o indivíduo que se identificou como militar arremessou um artefato explosivo na arquibancada e, ao ser questionado sobre o fato, sacou sua arma e apontou para torcedores, o que incluiu Clayton Paulo e familiares. Após protestos da torcida na arquibancada, policiais penais que reforçavam a segurança do Estádio João Ribeiro retiraram o homem do local, conforme mostra vídeo também publicado pelo político.
AMEAÇADOS POR QUEM DEVERIA NOS PROTEGER
Na nota, Clayton Paulo dispara contra o servidor e lamenta o episódio. “É um absurdo presenciar um policial ameaçar pessoas indefesas durante uma partida de futebol. […] O futebol é a alma do entretenimento do brasileiro, se não sentirmos segurança num estádio, ameaçados por quem deveria nos proteger, perderemos nossa esperança de avançarmos como comunidade que pensa no social”, escreveu o prefeito, que cobra uma investigação para avaliar se o militar “tem condições de exercer a função”.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
À Coluna do CT, a PMTO confirmou a ocorrência envolvendo o militar e garantiu que o fato “também será apurado internamente em procedimento administrativo”. “A Polícia Militar do Tocantins reforça seu compromisso com a legalidade, a ordem pública e a transparência na apuração rigorosa de condutas de seus integrantes”, encerra.
Veja os vídeos gravados por Clayton Paulo ainda no estádio:
Leia a íntegra da nota do prefeito Clayton Paulo:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
Conforme divulguei em minhas redes sociais na noite de ontem, infelizmente a partida entre Tocantinópolis e Atlético Mineiro teve um dissabor maior do que a derrota do time de nosso Estado. Na noite de ontem vimos o despreparo de um Policial Militar que, sabe-se lá o motivo, arremessou um artefato explosivo na arquibancada e ao ser questionado sobre o fato sacou sua arma e apontou para torcedores, inclusive para mim e meus familiares.
Não divulgarei o nome deste policial nesta nota, sites em nossa região tratarão de trazer essa informação, mas me preocupa que instituições que deveriam nos proteger abriguem profissionais com este perfil.
O papel da instituição Polícia Militar é primordial para a segurança de nossa sociedade, a ela entregamos a confiança de que nossa casa não será invadida, que nossas crianças poderão sair nas ruas de nossas cidades sem riscos, que nossa integridade física será mantida nos momentos de lazer.
É um absurdo presenciar um policial ameaçar pessoas indefesas durante uma partida de futebol. E, ainda que se questione se ele estava ou não em serviço, me desculpe, mas policial é policial em qualquer momento, por isso lhe é autorizado a utilização de armamento. Sua arma é instrumento de contenção de violência, não para produzir violência por meio de ameaças.
O futebol é a alma do entretenimento do brasileiro, se não sentirmos segurança num estádio, ameaçados por quem deveria nos proteger, perderemos nossa esperança de avançarmos como comunidade que pensa no social. É preciso agir e esperar o melhor!
Por isso o Boletim de Ocorrência nº 00015985/2025 foi registrado para que se investigue se este policial tem mesmo condições de exercer sua função.
O justo e correto deve ser feito.
Clayton Rodrigues Paulo
Leia a nota da Polícia Militar:
A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Tocantins, recebeu informações de uma suposta ameaça a torcedores, durante partida de futebol no Estádio João Ribeiro, em Tocantinópolis, na noite da última terça-feira, 18.
Durante o ocorrido, o indivíduo foi identificado e conduzido a uma sala de triagem da PM para averiguação. Após a análise da documentação, confirmou-se tratar-se de um policial militar. Algumas pessoas presentes se manifestaram como vítimas. Ambos, vítimas e suposto autor, foram encaminhadas à Delegacia de Polícia local, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em desfavor do envolvido.
O fato também será apurado internamente em procedimento administrativo.
A Polícia Militar do Tocantins reforça seu compromisso com a legalidade, a ordem pública e a transparência na apuração rigorosa de condutas de seus integrantes.
Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Tocantins