A situação vai se complicar na federação União Progressista, a aliança de União Brasil e Progressistas. Isso porque o deputado federal Vicentinho Júnior (Progressistas) contou à coluna ter descoberto que não havia sido comprido o acordo que colocava o Tocantins entre os Estados em que a decisão de candidaturas terá que ser submetida à direção nacional da federação.
TRÊS GRUPOS DE NOVE
Para consolidar a aliança das duas legendas, os Estados foram divididos em três grupos: 9 unidades seriam comandadas pelo Progressistas, 9 pelo União Brasil e outros 9 terão que se submeter à direção nacional. Vicentinho explicou que o acordo previa que o Tocantins ficaria no último grupo. “Mas quando fui verificar, o Tocantins estava no grupo do União Brasil”, afirmou.
EXIGIU MUDANÇA
O deputado disse que, então, ligou para o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), e exigiu o cumprimento do acordo original. Ciro cobrou a mudança de Antônio Rueda, presidente do União Brasil, e, segundo Vicentinho, isso foi feito.
TRÊS DE CADA LADO
Dessa forma, de acordo com o deputado, o Tocantins não terá presidente e vice da federação, mas três representantes de Progressistas e três do União Brasil. Como presidente regional do Progressistas, Vicentinho até encaminhou ofício, nesta quarta-feira, 3, ao presidente nacional do União, Brasil, Antônio Rueda, indicando os três nomes de sua legenda para a federação: ele próprio, Alessandro Gonçalves Borges e o irmão do parlamentar e prefeito de Ipueiras, Neto Aires.
ZERA TUDO
Pela informação inicial, a senadora Dorinha Seabra Rezende e o deputado federal Carlos Gaguim, ambos do União Brasil, teriam o comando da federação no Tocantins, com cinco dos sete membros da direção regional. Essa nova configuração muda tudo e zera a disputa pela vaga de Senado — Gaguim seria o nome para o concorrer pela União Progressista. Agora isso terá que ser decidido pela direção nacional da federação no ano quem vem, de acordo com Vicentinho Júnior.
REFLEXO NA DISPUTA PELO PALÁCIO
Outro reflexo da manutenção do acordo original — com a necessidade de se submeter as candidaturas à direção nacional — pode estar na definição do postulante a governador. Até agora era tido como certo que Dorinha disputaria o Palácio pela federação. “Isso vai ser decidido lá na frente, com pesquisas, pela direção nacional”, avisou Vicentinho, que está próximo do governador em exercício Laurez Moreira (PSD), que até foi convidado e participou do lançamento da pré-candidatura do deputado ao Senado, em Natividade, no dia 15. “Pelo histórico desse caso, sei com quem não vou nas eleições do ano que vem”, alfinetou, numa referência à mudança do acordo que havia tirado o Tocantins dos nove que devem submeter candidaturas à direção nacional da federação.