O rápido desfecho do caso do atentado contra o prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar Filho, o Dotozim (MDB), 59 anos, se deu porque a Polícia já vinha havia três meses investigando o suspeito de ser o pistoleiro, Gustavo Araújo da Silva, que teria sido contratado pelo empresário Paulo Henrique Sousa.
O delegado Emerson Francisco disse à TV Anhanguera que Gustavo era investigado por pertencer a uma facção criminosa e por tráfico de drogas.
Outro delegado do caso, Leandro Risi, contou à emissora que o vice-prefeito Leto Moura Leitão Filho, o Letim Leitão, de 40 anos, negou todas as acusações e tentou “inverter” a situação, dizendo que estaria sendo coagido pelo empresário Paulo Henrique Sousa.
Na saída do depoimento, e algemado, Letim negou as acusações à imprensa. “Sou inocente, não mandei matar ninguém, Dotozim é meu amigo”, afirmou.
Os três envolvidos foram levados no final da noite dessa quinta-feira, 10, para o Instituto Médico Legal (IML), onde fizeram exame de corpo de delito, e depois para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
Entenda
Conforme a Polícia Civil, o vice-prefeito da cidade, Letim Leitão contratou um pistoleiro por R$ 10 mil para matar Dotozim. O atentado ocorreu na tarde de quarta-feira, 9, na residência do prefeito.
Depois, segundo a Polícia, quando viu que Dotozim não havia morrido no atentado, Letim teria dobrado o valor e ofereceu R$ 20 mil para que os pistoleiros terminassem o serviço quando o prefeito deixasse o hospital.
O delegado Leandro Risi, que coordenou a investigação, afirmou à TV Anhanguera que o crime teria sido motivado por conflitos na distribuição de propinas. Segundo Risi, os recursos viriam de fraudes em licitações na Prefeitura de Novo Acordo. De acordo com o delegado, Dotozim teria se recusado a repassar para Letim parte dos R$ 800 mil supostamente recebidos de propina.
O prefeito, que sobreviveu ao atentado, deve passar por uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira, 11.
Em nota, o secretário municipal de Administração de Novo Acordo, Sildomar Alves Pereira, afirmou que “o prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, inclusive, nunca permitiu que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado nos moldes da legislação brasileira”.
Ele ainda disse que “repudia as palavras do vice- prefeito de que teria dinheiro a receber da prefeitura por supostas fraudes a licitação”.
Confira a íntegra da nota a seguir:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Após a veiculação de matéria televisiva de que o vice-prefeito Letim Leilão é o mandante da tentativa de homicídio perpetrada contra o prefeito Elson Lino de Aguiar, e que a motivação seria a ausência de repasse de valores a título de recursos a serem captados por fraudes a licitação, cabe esclarecer que o atual prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, inclusive, nunca permitiu que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado nos moldes da legislação brasileira, e que repudia as palavras do vice- prefeito de que teria dinheiro a receber da prefeitura por supostas fraudes a licitação. Vale esclarecer que por nenhum momento na atual gestão foi e será admitido qualquer ato ilegal para desviar recursos públicos, pois o prefeito é homem sério, honesto e que jamais teve qualquer compromisso de natureza ilícita com o vice-prefeito. A história de vida do prefeito Elson Lino de Aguiar sempre foi pautada em muito trabalho e honradez, jamais durante seus 59 anos de idade teve nada que desabone sua conduta, pois ocupou os cargos de vice-prefeito, vereador e secretário municipal de saúde de Novo Acordo e sempre viveu do labor honesto desempenhado com seu suor.
Novo Acordo/TO, 10 de janeiro de 2019.
Sildomar Alves Pereira
Secretário Municipal de Adm. Novo Acordo