Assembleia Geral da da Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (Apra-TO) no domingo, 13, decidiu realizar uma carreata em apoio à família do sargento José Maria Rodrigues de Almeida, que foi morto aos 50 anos, em abril de 2018, numa confusão num bar em Taquaralto, na região sul de Palmas, envolvendo o delegado Cassiano Oyama e três agentes da Polícia Civil.
A diretoria da Apra informou em material distribuído à imprensa que pretende fazer uma mobilização antes da primeira audiência sobre o caso, em março.
A entidade disse ainda que vai se reunir com os demais presidentes vinculados à Federação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (Faspra-TO) na sexta-feira, 18. Após o encontro, todos os dirigentes vão protocolar ofício ao governador Mauro Carlesse (PHS) e ao secretário estadual de Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, solicitando a imediata suspensão do delegado Oyama de todas as suas funções, até que seja finalizada a ação penal contra ele.
Conforme a Apra, uma cópia do documento também será encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE).
Reivindicações
Quanto às questões classistas, os militares decidiram intensificar no primeiro quadrimestre a luta pelas promoções que estão atrasadas desde 2017, para que o governo estabeleça duas datas de promoções. Juntamente com os demais sindicatos, a implementação da data-base 2019 e o pagamento dos passivos também serão cobrados.
Novo site
Durante a Assembleia, João Victor falou sobre algumas mudanças administrativas da Apra-TO. De acordo com o presidente, no novo site os associados terão mais facilidade de acessar os serviços, como atualização cadastral, impressão de convites para o clube e verificação da prestação de contas. A relação de convênios também pode ser acessada na plataforma digital.
Entenda
O sargento da Polícia Militar José Maria Rodrigues de Almeida, de 50 anos, morreu no dia 27 de abril do ano passado, após ter sido atingido por três tiros, por volta da meia-noite do dia 26 de abril, durante uma confusão envolvendo o delegado Cassiano Oyama e três agentes da Polícia Civil, num bar de Taquaralto.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública informou na época, o delegado e dois agentes passavam pelo bar quando perceberam o som alto e o sargento supostamente alcoolizado. Ainda segundo a SSP, os policiais civis teriam pedido para o sargento abaixar o volume do som, mas o PM teria mostrado uma arma de fogo.
Os policiais civis desceram do carro, se apresentaram e pediram que a arma fosse colocada no chão. De acordo com a SSP, o sargento se negou e apontou a arma para os policiais, que reagiram e dispararam quatro tiros. Três atingiram a vítima.
O CT fez contato com a SSP e com o delegado Cassiano Oyama e aguarda manifestação. (Com informações da Assessoria de Imprensa)