A Polícia Militar do Tocantins (PM) anunciou na noite desta quarta-feira, 3, que os dois reféns mantidos pelos fugitivos da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) foram resgatados no final da tarde. A professora Elisângela Mendes Sobrinho, 43 anos, e o técnico em Defesa Social, Roberto da Silva Aires, 27 anos, já foram encaminhados para os primeiros atendimentos médicos. Nenhum boletim sobre a saúde deles foi divulgado. Os dois ficaram mais de 24 horas em poder dos detentos. 19 deles continuam oficialmente foragidos.
Por meio de um gabinete de crise montado na própria unidade prisional, os representantes das forças de segurança – Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), Secretaria da Segurança Pública (SSP), Casa Militar e PM – das pastas da Educação, e Casa Civil, o governo do Tocantins ainda acompanha o desenrolar da fuga de reeducandos da unidade penal, após atuar principalmente na negociação da liberação dos reféns e no apoio aos seus familiares.
Na tarde desta quarta-feira, os secretários Heber Fidelis, da Seciju; e Rolf Costa Vidal, da Casa Civil; visitaram os servidores do sistema penitenciário prisional que ainda estão sob cuidados médicos em hospital de Araguaína após serem rendidos em na rebelião dos reeducandos. Além disso, receberam no gabinete governamental parentes da professora Elisângela Mendes Sobrinho.
Entre os familiares, foram recebidos pelos gestores estaduais, incluindo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras Barbosa, o irmão da professora mantida refém, Fernando Conceição Mendes e o João Batista Sobrinho, os quais foram informados sobre o andamento da operação.
Segundo a Polícia Militar, os familiares da professora, acompanhados do advogado Michel Pires, demonstraram confiança nas forças policiais e disseram estar confiantes neste desfecho positivo, por conta do bom relacionamento dela com os reeducandos. “Demos total apoio às famílias dos reféns, explicando cada novo passo da operação, e eles foram bem amistosos e confiantes”, disse Heber Fidelis.
O vice-governador Wanderlei Barbosa, o secretário da Cidadania e Justiça, Héber Fidélis, da Segurança Pública, Fernando Ubaldo, e o chefe do Policiamento do Interior da Polícia Militar, coronel Humberto Costa Parrião, estão em Araguaína desde a explosão da rebelião. Segundo o governo, todos trabalhando juntos com as respectivas equipes da cidade e com os reforços enviados para Araguaína.
Entenda
Presidiários da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) promoveram uma rebelião na tarde de terça-feira, 2, e conseguiram sair por volta das 16 horas do mesmo dia levando como reféns a professora Elisângela Mendes Sobrinho e o servidor Roberto da Silva Aires. Os fugitivos chegaram a entrar em confronto com as forças de segurança, o que resultou na morte de nove detentos. Os 19 restantes continuam foragidos.
Por um momento chegou a circular a informação de que professora Elisângela Mendes Sobrinho teria morrido. No debate entre os candidatos a governador na televisão na terça-feira à noite, Carlos Amastha (PSB) chegou a fazer um minuto de silêncio pela morte da professora, mas a informação foi negada imediatamente pelo Estado.
No mais novo boletim, o governo informou que a operação continua com o reforço de policiais militares, através das equipes do 2° Batalhão PM, do Batalhão Rodoviário (BPMRED) e da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), bem como policiais civis, por meio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e tripulação armada, Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote), Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) de Palmas e equipes da 1a Delegacia Regional (Araguaína), além de agentes penitenciários do município e da Capital