Para reduzir os custos da produção agrícola, sobrecarregados pelo aumento de mais de 150% nos preços dos fertilizantes químicos, impulsionado pela guerra da Ucrânia, um pecuarista de Araguaína tem obtido resultados positivos com a utilização dos dejetos do confinamento de bois nas lavouras de milho e soja de suas propriedades em Araguaína e Campos Lindos.
“O confinamento já é tradição da região. O que inovamos foi o aproveitamento das fezes do boi. Para isso, fomos atrás de como fazer a compostagem. Acrescentamos pó de rocha, pó de serragem, pó de fósforo, gesso e mais um produto biológico. Então o que temos é uma mini fábrica de adubo organomineral. O produto obtido com essa mistura vai para a lavoura no lugar do adubo. Não substitui 100%, mas uns 50%, barateando o custo da lavoura.”, explicou o produtor Mauro Freitas.
“Araguaína segue crescendo na zona urbana e na zona rural. Graças à dedicação de homens e mulheres que estão sempre buscando soluções para aumentar a produção e ajudar a fazer daqui uma cidade que cresce e que leva tecnologia e conhecimento para os quatro cantos do Brasil”, comentou o prefeito Wagner Rodrigues, que visitou a propriedade no início do mês.
Bem-estar animal
O sistema conhecido como “Compost Barn”, que em português significa “estábulo de compostagem”, tradicionalmente utiliza materiais orgânicos como cama para os animais. O material proporciona a absorção de umidade e, aliado ao sistema de ventilação, faz com que o local mantenha a temperatura confortável para o gado.
O modelo baseia-se em um galpão onde os animais ficam livres, protegidos do sol, podendo se locomover, se deitar, ir ao bebedouro ou cocho quando sentirem necessidade. “É uma solução retirar o boi do pasto e colocar no confinamento, proporcionando mais qualidade de vida a esses animais. É uma solução simples e funcional, onde obtemos um desenvolvimento melhor dos animais e aproveitamento melhor da comida que oferecemos”, explicou Freitas. (Da assessoria de imprensa)