O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, usará uma bolsa de colostomia de dois a três meses. A informação, dada nesta sexta-feira, 7, é da médica Eunice Caldas Figueiredo Dantas, que o atendeu no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora, para onde foi levado após ter sido atacado a facada, ontem, durante campanha na cidade mineira.
A médica informou ainda que Bolsonaro chegou ao hospital em estado de choque por causa do forte quadro hemorrágico e que poderia ter morrido se não fosse o pronto atendimento.
Segundo ela, a prioridade imediata foi reverter o quadro de perda de sangue, estancando a hemorragia e fazendo uma transfusão, com o uso de quatro bolsas de sangue.
Eunice Caldas relatou ainda que, após a estabilização da pressão sanguínea, foi feita a intervenção na região do intestino, pois a perfuração por faca atingiu severamente o intestino grosso, que foi seccionado, com a necessidade de retirar dez centímetros da área atingida.
A médica destacou que a intervenção cirúrgica foi de “grande porte”, mas que o paciente está com o quadro de saúde estável.
Sobre a transferência de Bolsonaro para o Hospital Albert, em São Paulo, ela disse que a decisão foi amplamente discutida com a família e a equipe médica que, diante do quadro de estabilidade clínica, concluiu que não havia risco.
A médica disse que o paciente está com sonda gástrica e oxigenado.
Dor de uma bolada no estômago
Em um vídeo divulgado pelo senador Magno Malta, que aparece orando pelo candidato, gravado na UTI da Santa Casa de Juiz de Fora, e divulgado em rede social, Bolsonaro diz que, ao ser esfaqueado, sentiu uma forte dor como se tivesse recebido uma bolada no estômago.
Jair Bolsonaro agradeceu aos médicos e enfermeiros que o atenderam na cidade mineira.