Novo estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que não foi apenas a pandemia da Covid-19 que afetou as cidades brasileiras em 2020, mas também os fenômenos naturais, como inundações, alagamentos, deslizamentos, secas, incêndios florestais, entre outros. A entidade aponta um crescimento no ano passado de 68,5% destes registros se comparados a 2019, o que gerou prejuízos na ordem de R$ 62,5 bilhões.
Mais de 200 mortes e 41 milhões afetados
Os desastres decorrentes de tempestades, ciclones, alagamentos, inundações, deslizamentos, entre outros, causaram a morte de 235 pessoas, conforme mostra o levantamento da CNM. O excesso de chuvas também deixou mais de 96.535 mil pessoas desabrigadas e 306.035 desalojadas. Sendo assim, somando todos os desastres que ocorreram em 2020, mais de 41 milhões de pessoas foram afetadas.
Reconhecimento da União
Conforme o levantamento da CNM, o ano passado contou 13.065 decretos de Situação de Emergência (SE) e, destes, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional (Sedec/MDR) reconheceu 9.348, enquanto 3.432 estão sob análise e apenas 285 decretos não foram reconhecidos. Os números mostram que 71,15% dos pedidos de anormalidade já foram reconhecidos pela Unão.
Socorro financeiro corresponde a menos de 1% dos prejuízos
Ano passado, o governo federal liberou R$ 234.192.000,96 para ações de prevenção, resposta e recuperação de áreas afetadas por desastres, mas o valor corresponde a apenas 0,37% dos R$ 62,5 bilhões em prejuízos. Do dinheiro liberado pela União, R$ 169,1 milhões foram transferidos para os municípios afetados por desastres – 72% do total – e R$ 64,5 milhões para os estados.