A Central de Atendimento à Mulher (180) recebeu de janeiro a julho um 84,3 mil denúncias em todo o País. O volume equivale a um aumento de 33,5% em relação ao mesmo período em 2023. No Tocantins, no primeiro semestre de 2024, a Central registrou 385 denúncias — um aumento de 33,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
CENTRAL É MAIS ACIONADA PELA PRÓPRIA VÍTIMA
Entre as denúncias realizadas no Tocantins, 202 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto em 183 o denunciante foi uma terceira pessoa. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas. Em Tocantins, 149 denúncias tinham este contexto.
VIOLÊNCIA SEGUE COMO PRINCIPAL OCORRÊNCIA
O maior número de denúncias está relacionado à violência contra mulheres entre 25 e 29 anos: 66, ao todo. São as mulheres negras as vítimas mais frequentes nas denúncias (284 são pardas ou pretas) e são os seus esposos e companheiros (ou ex-companheiros) aqueles que mais cometem atos violentos (179).
CAMPANHA NACIONAL
Nesta primeira quinzena de agosto, o Ministério das Mulheres lançou a campanha “Feminicídio Zero — Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, com o propósito de perceber as situações de violência contra a mulher, bem como de enfrentá-las e interrompê-las, para que não existam atos extremos de violência baseada em gênero, como o feminicídio. A campanha marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, no mês dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher, o “Agosto Lilás”.