O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais registrou, até o início da madrugada deste sábado, 26, nove mortes em decorrência do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, no município de Brumadinho. O último balanço da corporação informa ainda o resgate de nove pessoas retiradas com vida da lama de rejeitos e de cerca de 100 pessoas que estavam ilhadas.
A mineradora divulgou, na manhã deste sábado, uma lista com o nome das pessoas que não fizeram contato desde o rompimento da barragem. Mais de 400 pessoas, entre funcionários do quadro e terceirizados, integram o levantamento da mineradora.
De acordo com a empresa, a lista está sendo atualizada constantemente, conforme as pessoas são localizadas. “Se o seu nome está na lista, favor entrar em contato com a nossa ouvidoria para comunicar”, pediu a mineradora em comunicado. O telefone para atendimento é o 0800 821 500.
Conselho Ministerial
O governo federal publicou decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre para atuar na região de Brumadinho. Por meio de sua conta na rede social Twitter, o presidente Jair Bolsonaro detalhou que o conselho será coordenado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
A finalidade do conselho, de acordo com o presidente, é acompanhar e fiscalizar as atividades a serem desenvolvidas em decorrência do desastre, além de acompanhar ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais afetados, recuperação de ecossistemas e reconstrução.
O comitê, segundo Bolsonaro, poderá convidar para reuniões representantes do governo de Brumadinho e do estado de Minas Gerais, de outros órgãos e entidades da administração pública federal, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e da Advocacia-Geral de Minas Gerais, além de representantes de outros estados e municípios eventualmente atingidos.
“Poderão participar ainda integrantes de instituições acadêmicas, pesquisadores e especialistas de áreas técnicas relacionadas aos objetivos do comitê”, concluiu o presidente, no Twitter. (Paula Laboissière, da Agência Brasil)