A nova edição do panorama da pandemia da Covid-19 feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) consultou 2.418 gestores entre 31 de maio e 2 de junho. O novo levantamento mostra que medidas de isolamento social, como fechamento de serviços não essenciais e outras ações, ainda estão sendo adotadas por 77% das cidades.
Maioria registrou aumento no número de casos
Dos municípios consultados, 62,7% relataram que maio teve aumento do número de casos de Covid-19 em relação a abril. Já 19,1% dos gestores apontaram que esses números se mantiveram no mesmo patamar e 17,5% afirmaram ter ocorrido diminuição no número de casos.
Risco de faltar materiais para intubação de pacientes
Outro dado da pesquisa mostra que, pela terceira semana consecutiva, aumenta o número de municípios com risco de ter falta de medicamentos para o procedimento de intubação, utilizado para o tratamento de pacientes em estado grave. Nesta semana, 25,4% dos gestores relataram essa preocupação. Nas semanas anteriores, os percentuais foram 23,2% e 16,3%.
Falta de imunizantes
O percentual de localidades com falta de imunizantes teve queda em relação às semanas anteriores, mas ainda atingiu quase um quarto dos respondentes, especialmente pequenos e médios municípios. Nesta semana, 550 gestores afirmaram enfrentar esse cenário. Desses, 368 apontaram a falta da vacina para aplicação da primeira dose e 305 para a segunda dose, o que indica que alguns ficaram totalmente sem imunizantes.
Vacinação por faixa etária e profissionais de educação
Exatamente 50% dos pesquisados afirmaram que pretendem começar a vacinação das pessoas considerando-se a faixa etária (entre 18 e 59 anos), conforme orientação do Ministério da Saúde (MS) em nota técnica divulgada no dia 28 de maio. Outros 49,1% afirmaram que essa imunização ainda não teria início nesta semana.
Vacinação da educação
Outra pergunta foi sobre a vacinação dos profissionais de educação. Segundo 64% dos municípios pesquisados, havendo doses suficientes, é possível vacinar todos os profissionais da educação em uma semana. Em 24,8% dos municípios seriam necessárias duas semanas e 6,3% afirmaram que demorariam mais de quatro semanas.