Mesmo sem a “Síndrome do Jaleco Branco”, muitas pessoas evitam hospitais, embora às vezes seja necessário recorrer a cuidados médicos para manter a saúde. Infelizmente, ninguém espera contrair uma doença secundária durante uma estadia hospitalar, mas isso acontece com mais frequência do que se imagina. O Ministério da Saúde estima que a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações no país.
Por serem tão recorrentes, o governo federal reconhece há anos que as infecções hospitalares são um problema de saúde pública, e a Lei 9.431/97 tornou obrigatório o controle delas em todos os hospitais públicos e privados no Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade do assunto, um estudo da Organização Pan-Americana da Saúde mostrou que a permanência do paciente no hospital aumenta em média quatro dias quando ele contrai uma infecção, além dos crescentes gastos com tratamento e da taxa de mortalidade.
Bem diferente dos indicadores nacionais, o maior hospital público do Tocantins, que é o Hospital Geral de Palmas (HGP), registrou, ao longo de 2022, uma taxa média de infecção hospitalar que não chega a 4% (3,71%). E o mais surpreende é que esse ano deve fechar com um percentual ainda mais baixo. Até julho, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, o índice de infecção hospitalar estava em 2,14%, uma redução de 40% em relação à média registrada no ano anterior.
De acordo com Ana Cláudia Dias Bastos, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (SCIRAS) do HGP, existem vários fatores que contribuíram para a diminuição da taxa de infecção no hospital. “Houve uma melhoria na instalação de dispensadores (para álcool gel, papel toalha e sabão) necessários para higienização das mãos nos apartamentos e postos de enfermagem, assim como, nos corredores. Reestruturação da Central Material de Esterilização (CME), com organização dos fluxos e processos. Realização de vários treinamentos com a equipe multiprofissional, pacientes e acompanhantes sobre a importância da higienização das mãos e cuidados necessários para prevenção das infecções cruzadas”, destacou a enfermeira.
Por trás dos bons resultados alcançados no HGP, está um trabalho minucioso que vem sendo realizado pela Central de Material e Esterilização (CME) da unidade, que é gerida pela Bioplus. A CME esterilizou, até o último mês, mais de 3,3 milhões de materiais, entre eles, lençóis, roupas privativas, instrumentos cirúrgicos, cabos, perfuradores, etc. Para o diretor de operações da empresa, o segredo é o investimento feito. “Além de trabalharmos com equipamentos modernos e com capacidade de esterilização de grande quantidade de material, nós temos investido bastante no treinamento dos colaboradores. Até o número de vezes que um profissional lava as mãos impacta na redução ou no aumento da taxa de infecção”, explicou o gestor. (Da assessoria de imprensa)