A Federação das Indústrias do Tocantins (FIETO) reuniu 250 empresários na 6ª edição do Encontro Estadual da Indústria na noite desta quinta-feira, 5, em Palmas. Considerada a convenção anual do segmento, o encontro foi aberto pelo presidente da entidade, Roberto Pires, seguido de palestra do advogado e comentarista político Caio Coppolla. O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira (PDT), e o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, participaram do evento.
ANÁLISE DO CENÁRIO POLÍTICO
O evento propõe uma análise do cenário político e econômico do País a fim de discutir possíveis impactos ao setor industrial e expectativas em relação às ações do Poder Público. Demandas como a melhoria do ambiente de negócios, redução da carga tributária e da máquina pública e a importância da agroindustrialização e da priorização de geração de empregos pela indústria no estado foram abordadas pelo presidente da Federação. “O Tocantins precisa fortalecer o que tem como sua principal vocação que é, sem dúvida, a agroindústria. Não queremos e não merecemos ser apenas um corredor viário e sim um eixo de desenvolvimento, agregando valor aos nossos produtos e gerando emprego”, defendeu Roberto Pires.
CRESCIMENTO NA PRODUÇÃO DE GRÃOS
O presidente da Fieto citou o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) que aponta o Tocantins como o estado com maior crescimento em produção de grãos com 10,9% de crescimento para a Safra 2024/2025 e reconheceu esforços como a inauguração do terminal rodoferroviário de Alvorada que se espera, em breve, começar a operar como mais um eixo de escoamento ligando o estado ao porto de Santos.
CONDENADO AO SUCESSO
Comentarista político da CNN Brasil, Coppolla trouxe uma visão crítica, porém otimista do país em entrevista sobre a palestra. “O Brasil está condenado ao sucesso. E o que eu percebo, ao viajar por todo o País, muitas vezes é a prosperidade, apesar do Estado”, avaliou.
JEITINHO BRASILEIRO
O palestrante destacou que vê negócios pujantes e longevos. “Quando você torna esse ambiente menos hostil, ele tem uma vantagem competitiva absurda. E o grande exemplo disso é o agro brasileiro, quando comparado com outros mercados internacionais. O produtor rural brasileiro não é subsidiado como o americano ou o europeu. Eles têm pouquíssimas opções de logística, não têm capacidade própria de armazenar e não são exatamente donos da sua produção. Assim, o agro brasileiro é o mais competitivo do mundo, é aquela história: nossa maior riqueza é o nosso povo, é a nossa ética de trabalho, é o nosso espírito empreendedor, muito adaptável. Talvez esse seja o aspecto positivo do tal jeitinho brasileiro”, avaliou
Encontro da Indústria: