Mesmo sem notar mudanças perceptíveis, a visão pode estar sendo prejudicada de maneira permanente. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), cerca de 70% dos indivíduos que sofrem dessa condição não têm conhecimento do diagnóstico. Inicialmente assintomático, o glaucoma é a principal razão de cegueira irreversível no mundo e, conforme a SBG, pode impactar mais de dois milhões de brasileiros com mais de 40 anos.
Apesar da seriedade do problema, quatro em cada dez pessoas desconhecem o que é glaucoma, conforme revela um levantamento do Ibope Inteligência. Esse desconhecimento é ainda maior entre os jovens de 18 a 24 anos, atingindo 53%, e entre os adultos com 55 anos ou mais, alcançando 71%. A falta de sintomas evidentes e o desconhecimento sobre o assunto atrasam a identificação da condição e impedem o acesso ao tratamento precoce, que poderia evitar a perda de visão.
Indivíduos com histórico familiar de glaucoma, diabéticos, hipertensos, pessoas com miopia e aqueles que fazem uso de medicamentos à base de corticoides têm maior predisposição ao desenvolvimento dessa condição. O Dr. Pedro Kalil, oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas e especialista em Glaucoma, esclarece a natureza da doença. “O glaucoma é uma condição que afeta os olhos, resultando em uma perda gradual da visão, tipicamente comprometendo a visão periférica, o que pode tornar atividades do dia a dia, como ler e dirigir, mais desafiadoras. Se não for tratado, o glaucoma pode progredir para cegueira total”, enfatiza o médico.
Para destacar a importância do tratamento do glaucoma, dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) indicam que, somente na rede pública de saúde, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2023, mais de 1,3 milhão de pacientes diagnosticados com glaucoma foram impedidos de perder a visão graças ao tratamento adequado.
“É aconselhável que todos façam consultas oftalmológicas regularmente, não apenas para exames de correção visual, mas também para exames oftalmológicos completos. Assim como o glaucoma, existem outras condições oculares que podem se desenvolver silenciosamente. Ao detectar esses problemas antes mesmo de sintomas surgirem, é possível evitar complicações futuras”, orienta o Dr. Pedro Kalil. (Da assessoria de imprensa)