A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quarta-feira, 15, três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão para desmantelar uma organização criminosa de contrabando de ouro extraído de garimpos ilegais da região Amazônica.
De acordo com a investigação, o ouro extraído da Amazônia Legal era exportado por meio de uma empresa sediada nos Estados Unidos, que era responsável pela comercialização, de forma clandestina, em países como Itália, Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos.
Os mandados atingiram cidades de sete estados, além do Distrito Federal. São elas: Belém, Santarém, Itaituba, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Manaus, São Paulo, Tatuí, Campinas, Sinop e Boa Vista.
Ao todo, duas pessoas foram detidas em Belém e Santarém (PA), enquanto o terceiro suspeito continua sendo procurado. Os três são ligados a duas empresas que vendem ouro.
Segundo nota da PF, o objetivo é “ampliar o volume de provas para desmontar o esquema criminoso e combater o garimpo clandestino, especialmente na região de Itaituba”.
“O inquérito policial que deu origem à operação começou em 2021, a partir de informações da Receita Federal, que apontavam a existência de uma organização criminosa voltada para o “esquentamento” de ouro obtido de maneira ilegal”, acrescenta o texto.
A PF explica ainda que “seriam empresas, em sua maioria utilizadas para emissão de notas fiscais, conferindo ares de regularidade ao ouro comercializado e adquirido por outras duas empresas principais, tidas como as líderes da organização criminosa”.
Entre 2020 até o final de 2022, as emissões de notas fiscais eletrônicas fraudulentas teriam sido superiores a R$ 4 bilhões, o correspondente a aproximadamente 13 toneladas de ouro ilícito.