O italiano Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, afirmou neste sábado, 14, em entrevista à rádio pública italiana RAI, que o uso de armas químicas é inaceitável e que é preciso “evitar uma escalada militar na Síria”. A declaração foi feita após os ataques desta madrugada realizados conjuntamente pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França.
Tajani disse ainda que a operação contra a Síria será discutida na segunda-feira, 16, no Parlamento Europeu e que espera que haja uma solução pacífica que inclua a União Europeia e as Nações Unidas. “O futuro da Europa passa também pela política internacional e esta inclui a Síria”, afirmou.
No entanto, Tajani admitiu temer que a situação se agrave e afirmou estar preocupado com a população civil. “O perigo é o que pode vir a seguir”, disse.
Outras lideranças
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que a União Europeia “está ao lado dos seus aliados e ao lado da Justiça”. Em sua conta no Twitter, Dusk escreveu que “os ataques dos EUA, França e Reino Unido mostram claramente que o regime sírio, com a Rússia e o Irã, não pode continuar com esta tragédia humana, pelo menos sem custos”.
Também no Twitter, o presidente da Comissão Europeia, Jean – Claude Juncker, afirmou que o uso de armas químicas é inaceitável em qualquer circunstância e deve ser fortemente condenado. “A comunidade internacional tem o dever de identificar e responsabilizar os culpados por qualquer ataque com armas químicas”.
Ataque conjunto
Na noite dessa sexta-feira, 13, os Estados Unidos anunciaram que lançaram um ataque em conjunto com o Reino Unido e a França contra instalações de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico à cidade de Duma, realizado há uma semana.
Segundo o governo dos EUA, foram atingidos os três alvos descritos como locais de “capacidades químicas”: um centro de pesquisa científica localizado na capital, Damasco; uma instalação de armazenamento de armas químicas, localizada a oeste de Homs; e ainda uma terceira próxima ao segundo alvo, que serviria – segundo o Pentágono – de armazém de equipamentos de armas químicas, além de um posto de comando. (Marieta Cazarré, da Agência Brasil)