169 ativistas e defensores de direitos humanos foram assassinados no Brasil entre 2019 e 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com relatório apresentado nesta quarta-feira, 14, pelas ONGs Justiça Global e Terra de Direitos.
A maioria dos crimes está relacionada a conflitos por reivindicações de terra, defesa do meio ambiente e combate a invasões de áreas indígenas.
O relatório “Na Linha de Frente: violações contra quem defende direitos humanos” indicou que, nos últimos quatro anos, foram registrados 1.171 incidentes violentos, incluindo assassinatos, atentados, violações, agressões e ameaças.
Cerca de 50% desses episódios ocorreram na Amazônia, e aproximadamente um terço das vítima era indígena. O documento também destaca que 63,9% dos atos violentos aconteceram nas regiões Norte e Nordeste.
“Foram quatro anos de ataques e hostilidades contra defensores de direitos humanos”, declarou a advogada Alane Silva, assessora jurídica da Terra de Direitos, acrescentando que é preciso analisar esses dados para impedir que essa situação prossiga.