Preocupada com a greve na educação que já dura quase dois meses, a senadora Professora Dorinha Seabra (União/TO) sugeriu a criação de uma comissão para atuar no diálogo entre o ministro da Educação, Camilo Santana, e os grevistas. O intuito da formação do grupo é colaborar para um entendimento que possa colocar um fim nas paralisações. Nesta quarta-feira, 05, a Comissão de Educação do Senado realizará uma audiência pública para tratar do assunto com a participação de representantes do Ministério da Educação, Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
“Tenho recebido apelos de várias instituições para ajudar nesse diálogo. Precisamos acompanhar mais de perto e verificar o que está acontecendo. De maneira clara, o prejuízo maior fica sempre para os alunos pois, em alguns casos, as instituições ficam com dois, três calendários diferentes em virtude da duração das greves. Além do prejuízo para o estudante, prejudica também o funcionamento das instituições”, disse a senadora.
A paralisação foi anunciada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) no dia 15 de abril e não tem previsão de término. O movimento envolve técnicos e professores de todas as instituições de ensino da União − entre escolas, institutos federais e universidades. Ao menos 54 universidades e 51 institutos federais (IFs) estão em greve.
Entre as principais reivindicações, está na pauta o tema das carreiras, reparação salarial devido aos anos de congelamento promovido pelos governos anteriores, bem como a recomposição orçamentária para melhores condições de trabalho e funcionamento das Instituições Federais de Ensino. (Da assessoria de imprensa)