O rabino Henry Sobel, 75 anos, morreu na manhã desta sexta-feira, 22, em Miami, nos Estados Unidos, por complicações associadas a um câncer. Nascido em 9 de janeiro de 1944, em Lisboa, Portugal, ele chegou ao Brasil na década de 1970. Sobel foi presidente da Congregação Israelita Paulista até outubro de 2007 e é conhecido, principalmente, por sua luta em defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar.
Protagonista na defesa dos direitos humanos
A morte de Henry Sobel foi lamentada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) e pela Congregação Israelita Paulista (CIP). Por meio de nota, as entidades classificaram o rabino Henry Sobel como “um protagonista histórico na defesa dos direitos humanos no Brasil, com destaque para sua atuação na luta pelo esclarecimento da morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, em São Paulo, durante a ditadura militar. Sobel recusou-se a enterrar Herzog na ala dos suicidas do cemitério israelita, por rejeitar a versão oficial acerca das circunstâncias da morte. O rabino também participou, ao lado de líderes como Dom Paulo Evaristo Arns e Jaime Wright, do ato ecumênico em homenagem a Herzog, naquele mesmo ano”.