A Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos (Ajusp) não ficou satisfeita com a revisão geral anual de 3,71% concedida ao funcionalismo estadual, tanto efetivo quanto comissionado. A entidade critica que o índice adotado pelo Palácio Araguaia não é o correto, pois levou em consideração a inflação de maio a dezembro de 2023. Não podemos ficar calados diante de tamanha injustiça, haja vista que estamos ficando com um prejuízo real de 4 meses, só na data-base 2024. Fora as perdas tidas de 2019 a 2022 que ultrapassaram 20%”, relata Cleiton Pinho, presidente da Ajusp.
PREJUÍZOS DE 2019 A 2022
A Ajusp fez questão de relembrar os anos em que o governo estadual concedeu data-base abaixo do índice de preços ao consumidor. “Em 2019, o INPC apontou um índice de 5,0747% para a data-base e o governo pagou 1%. Em 2020, o índice foi de 2,4599% e o governo autorizou pagar somente 1%. Em 2021, o INPC apontou 7,5911% e o governo, novamente, concedeu só 1%. Por último, em 2022, dos 12,4655% apontados pelo INPC do período, o Estado pagou somente 4%. E agora, em 2024, o governo quer trazer de volta essa mesma postura que tanto vem causando revolta dentre os servidores. É absurdo!”, disparou.
É PRECISO QUE GOVERNO TENHA BOM SENSO
Cleiton Pinheiro defende que a data-base não é aumento, mas recomposição das perdas salariais tidas com a inflação. “Apesar de não haver um dispositivo legal que determine o índice a ser pago, é preciso que o governo tenha o bom senso de considerar a imensa defasagem salarial que o servidor público vem acumulando ao longo dos últimos anos. São mais de 20% que deixaram de ser pagos. E agora, somando os prejuízos da data-base 2024, essa porcentagem será ainda maior”, conclui.