Automóveis e caminhonetes pagarão R$ 21,50 para utilizar a balsa sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, das 5 às 22 horas e R$ 28 das 22 às 5 horas. Carreta de dez eixos carregada pagará R$ 250,75 no primeiro período e R$ 326,25 no segundo. A travessia pelas balsas começará a funcionar nesta quarta-feira, 27. A Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) finalizou a instalação das rampas de embarque durante o final de semana, e nesta segunda-feira, 25, trabalhou na melhoria e na sinalização dos acessos.
Para garantir a trafegabilidade dos moradores da região após a interdição da ponte da TO-255, duas balsas farão a travessia no local. Cada uma delas tem capacidade para transportar até 300 toneladas. O serviço será oferecido 24 horas por dia.
De acordo com o presidente da Ageto, Virgílio Azevedo, as balsas irão facilitar o tráfego dos usuários da rodovia e garantirão o escoamento da produção da região. “Esses equipamentos serão capazes de transportar os veículos de carga e isso permitirá a melhoria do sistema logístico da região, já que a ponte já estava com tráfego limitado para veículos acima de 30 toneladas”, disse o gestor.
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Isenção para pedestres e ciclistas
Após um trabalho de negociação com a empresa prestadora do serviço, a Pipes, o governo do Tocantins afirmou ter conseguido isenção de pagamento da travessia para pedestres e ciclistas, bem como os veículos oficiais das polícias civil (IML) e militar, bombeiros e ambulâncias. “Nossa intenção é minimizar os impactos da interdição da ponte aos moradores da região”, destacou.
Medidas
A ponte continua interditada temporariamente até a finalização do relatório da inspeção. Conforme o governo, a medida visa garantir a segurança dos usuários da estrutura.
O tráfego está liberado apenas para veículos de urgência e emergência, motocicletas, bicicletas e pedestres.
Entenda
A ponte foi interditada pelo governador Mauro Carlesse (PHS) no dia 7 de fevereiro, deixando a comunidade de Porto insatisfeita, inclusive o prefeito do município, Joaquim Maia (PV), para quem a medida foi tomada “de maneira intempestiva, sem planejamento e que vai trazer um transtorno muito grande para a população”.
Para ele, a interdição total prejudica toda a logística de Porto e da região central do Estado, já que faz a interligação entre a margem direita a esquerda do Rio Tocantins, permitindo a ligação do município com a Belém-Brasília (BR-153), com Brejinho de Nazaré, Fátima e Aliança.
No dia da interdição, Maia e assessores chegaram a discutir com Carlesse na ponte. O governador, contudo, defendeu que a medida visava “salvar vidas”.
No dia 12, Carlesse decretou situação de emergência na região de Porto Nacional, afetada pela suspensão do tráfego na ponte sobre o Rio Tocantins, na Rodovia TO-255. O motivo, segundo o decreto, é o “risco iminente que ameaça a segurança de pessoas”.
Nesse mesmo dia, o governador esteve reunido com a superintendente da Caixa Econômica Federal no Tocantins, Silvia Leandra Pelloso, e também com o gerente regional de relacionamento da instituição, Vandeir Ferreira, para pedir agilidade na liberação de empréstimo de R$ 130 milhões para a construção da nova ponte.
No dia 15, a subseção de Porto Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoveu uma audiência pública para discutir os impactos da interdição da ponte e deliberação de providências para a amenização das consequências. Foi formada uma comissão de OAB local e Defensoria Pública para negociar e tratar das questões relacionadas aos impactados. (Com informações da Secom TO)
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