O uso do Canal do Panamá como alternativa logística para o escoamento da produção agrícola brasileira foi o tema de reunião na segunda-feira, 13, entre o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, e o presidente da Câmara de Investimentos e Comércio Brasil-Panamá (CICBP), Giuliano Vitorino.
“Nosso olhar está na região do Arco Norte. A ideia é conectar todos os atores na Câmara para juntos termos mais vozes em uma negociação para o possível uso do canal”, afirmou Vitorino. Segundo ele, a câmara já possui acordos firmados com entidades como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e o Porto do Itaqui (MA) para incentivar o início das negociações.
Para o diretor-presidente da ATP, a iniciativa representa uma facilidade logística que pode diminuir os custos do transporte de grãos, principalmente, dos portos que operam na Região Norte do país e que têm maior proximidade com o Canal do Panamá. “A nova travessia, passando pelo Canal do Panamá, pode contribuir para aumentar a competitividade dos portos do Arco Norte em razão da redução do tempo do trajeto até os portos asiáticos. Porém, é necessário que os custos de passagem pelo canal permitam tornar essa nova rota, em termos de custos, mais atrativa em relação à rota atualmente utilizada”, salientou.
Na reunião, a Câmara Brasil-Panamá formalizou o convite para a ATP fazer parte dos debates que ocorrerão nos próximos meses entre representantes de entidades e do governo de ambos os países. (Com informações da assessoria de imprensa)