A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta quinta-feira, 5, que devido ao ritmo lento de recuperação na economia, o percentual de famílias endividadas caiu pelo terceiro mês consecutivo. As informações são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Os dados divulgados mostram que 58,6% das famílias tinham pelo menos uma dívida em junho, percentual que era de 59,1% em maio e de 59,4% em junho do ano passado. Das 18 mil pessoas ouvidas na pesquisa em todas as capitais do país, 13,4% declararam estar muito endividadas.
O cartão de crédito continua liderando o ranking da lista, sendo responsável por 76,3% dos casos de dívidas no país. Carnês são 15,2% dos casos e financiamento de carro são 11,2%. Segundo a economista da CNC, Mariana Hanson, os consumidores estão mais cuidadosos ao contratar novos empréstimos e financiamentos, o que consiste na recuperação mais lenta da economia.
O percentual de famílias com dívidas e contas em atraso também caiu, de 24,2% em maio para 23,7% em junho. O movimento foi parecido com o de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas em atraso. O percentual desse grupo caiu de 9,9% em maio para 9,4% em junho.
Em junho do ano passado, 10,1% das famílias haviam declarado que permaneceriam inadimplentes, com suas contas em atraso, um patamar maior que o verificado neste ano. Apesar disso, o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 63,6 dias em junho de 2018, acima dos 62,8 no mesmo período do ano passado.
Entre as pessoas endividadas, 20,2% declararam ter mais da metade de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. (Com informações da Agência Brasil)