O Tocantins é destaque na cobertura vacinal contra brucelose, doença infectocontagiosa. O Estado ocupou em 2023 o primeiro lugar no ranking nacional de vacinação de bezerras bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade, com índice de 93,5%. Os dados foram divulgados pela Divisão de Controle e Erradicação de Doenças Endêmicas, do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
MEDIDAS EFETIVAS E PRODUTORES CONSCIENTES
No Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) executa o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT). “A garantia dessa conquista é graças à conscientização dos produtores e as medidas efetivas para garantir as metas de baixar a prevalência da doença”, avalia a responsável técnica pelo PECEBT, Carolina Ribeiro. Na avaliação da servidores, os pecuaristas estão atentos quanto a gravidade da enfermidade, que além de causar prejuízos econômicos, pode ser transmitida dos animais para o homem.
CAMPANHAS OBRIGATÓRIAS
No Tocantins, as campanhas são obrigatórias e realizadas no primeiro e segundo semestre de cada ano, para todas as todas as bezerras bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade. As fêmeas são vacinadas com amostra B19, podendo ser substituída pela RB 51. Bezerras não vacinadas na faixa etária indicada deverão ter sua situação vacinal regularizada, mediante a utilização da amostra RB51.
EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE VACINAÇÃO
O imunizante somente deve ser aplicado por médico veterinário ou por vacinador auxiliar treinado sob sua responsabilidade, além de certificados pela Adapec, uma vez que a vacina contra a brucelose é produzida com micro-organismo vivo inativado. A declaração do ato também é obrigatória para evitar o bloqueio da ficha de movimentação dos animais. O produtor rural deve procurar a Adapec e apresentar o atestado emitido por médico veterinário cadastrado.
ENTENDA
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa crônica provocada por bactérias do gênero Brucella, que pode afetar bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, equídeos e cães. Tem importância na saúde pública por ser uma zoonose, ou seja, pode passar dos animais para o homem.