A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou ao CT no final da tarde desta quinta-feira, 24, que o combustível do Aeroporto de Palmas está “em nível crítico, mas ainda não acabou”. Segundo o porta voz da estatal um voo da Azul, já foi cancelado.
A escassez do combustível se deve a greve dos caminhoneiros que já chega ao quarto dia. A Infraero de Palmas não soube precisar até quando o produto vai durar. Mas um alerta divulgado às 16h25, pelo Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), informava que havia apenas 18 horas de reserva para abastecimento de aeronaves na Capital tocantinense.
Manifestação nacional
Por volta das 8 horas desta segunda-feira, 21, caminhoneiros do Tocantins decidiram aderir ao protesto que ocorre em vários pontos do País contra a alta do preço dos combustíveis. Em Paraíso do Tocantins, a categoria realizou uma carreata, com apoio da Associação Comercial e Industrial do município, e agora se encontra paralisada na BR-153 (Belém – Brasília). Após esse ato, mais dez trechos foram bloqueados.
Além do Tocantins foram registrados atos em ao menos 23 Estados. Insatisfeitos com o preço do diesel, que subiu 1,76% nas refinarias, na semana passada, os condutores de veículos de carga queimaram pneus nos acostamentos e bloquearam rodovias. Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que reúne 700 mil caminhoneiros autônomos, o objetivo é mudar a política de preços do petróleo, zerar a alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isentar o setor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
Nesta quarta-feira reunião entre o governo federal e representantes dos caminhoneiros terminou sem acordo e a paralisação da categoria continua em todo o país. Foi o primeiro encontro desde o início da greve. Uma nova reunião entre governo e representantes dos transportadores marcada para esta quinta-feira, 24, no Palácio do Planalto, também terminou sem consenso.