Como era de se esperar, os empresários do comércio estão sentindo os resultados da pandemia que assolou todo o mundo, inclusive nossa capital. Com isso, sua confiança vem sendo abalada conforme demonstra a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Fecomércio Tocantins. A Icec (Índice de confiança do empresário do comércio) registrou em junho uma variação negativa de 33,1%, chegando ao índice geral de 69,2, menor índice registrado desde o início da série histórica da pesquisa (2011). Na comparação anual, a variação chegou a – 47%.
O presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, entende que os números refletem a realidade dos empresários. “Todos estamos muito preocupados com o rumo da economia durante esta pandemia. Nós empresários estamos cada vez mais impactados e com isso é natural que se reflita nos números da pesquisa. Estamos registrando quedas desde março, porém neste mês foi a queda abrupta e saímos da zona de satisfação que era 100 pontos”, explicou.
Sobre as condições atuais, os empresários de Palmas disseram em grande parte que a economia piorou (90,5%). O mesmo sentimento também foi comprovado nos itens sobre setor e sua empresa. 74,6% acreditam que o setor do comércio piorou e 72,5% que sua empresa piorou. Sobre a expectativa para os próximos meses, 64% acreditam que a economia irá piorar e 53,1% que o setor também sentirá esse reflexo. Porém 58,6% acreditam que haverá melhora em sua empresa.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que, mesmo com a flexibilização gradual do isolamento social em algumas regiões do País, o ritmo de recuperação das vendas no varejo deverá ser lento. “A renda menor e o crédito mais escasso seguirão, temporariamente, limitando o consumo, em especial de produtos não essenciais, que representam a maior parcela dos orçamentos domésticos”, afirma Tadros, reforçando que medidas de saúde e controle de acesso a clientes nos estabelecimentos deverão continuar a serem adotadas.
Ainda na ICEC, 82,4% dos empresários palmenses responderam que irão reduzir a contratação de funcionários nos próximos meses e 67,9% irão realizar um menor investimento em suas empresas. Com relação ao estoque, mais da metade (57,8%) consideram seus estoques atuais adequados. (Da assessoria de imprensa)