Nesta segunda-feira, 22, foi celebrado o Dia Mundial da Água, uma data que gera debates no mundo todo quanto a importância da preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente. Na AGROJEM, uma das maiores empresas de agronegócio da região Norte do país, a Fazenda São Geraldo (Caseara-TO e Marianópolis-TO) é referência para estes novos caminhos que o setor busca com a sustentabilidade.
Nesta reportagem, vamos conhecer essa iniciativa que promove o tratamento de resíduos sólidos, oriundos de um projeto de confinamento que abate mais de 60 mil animais por ano.
A Fazenda São Geraldo está localizada a 240 km de Palmas, capital do estado do Tocantins, sendo uma das propriedades do grupo AGROJEM. Com mais de 15 mil hectares de terra, a Fazenda reúne práticas sustentáveis no confinamento de bovinos, com o uso de lagoas de decantação e um pátio de compostagem para a produção de adubos organominerais.
Os organominerais, ricos em fósforo, potássio e nitrogênio, são responsáveis por contribuir com o aproveitamento de resíduos sólidos de origem animal, aumentando os teores de matéria orgânica da terra e a atividade microbiota do solo.
A prática assegura também que os resíduos não sejam despejados diretamente no meio ambiente, evitando o risco de contaminação de rios, mananciais e do lençol freático da região. Na São Geraldo, a produção de organominerais retorna para a formação de pastagens e na adubação das lavouras de soja e milho, fechando o ciclo de aproveitamento dos recursos gerados pela operação.
O gerente da unidade, o engenheiro agrônomo Luís Henrique Faria, informou mais detalhes desta operação.
“É uma engrenagem perfeita. Temos quatro lagoas de decantação na Fazenda, onde destinamos os resíduos provenientes das fezes e urina dos animais, através de um sistema de escoamento instalado por toda a planta do confinamento. Cada uma delas possui 120 metros de comprimento e mais 60 metros de largura, com capacidade para armazenar até 72 mil m³ de resíduos. Também fazemos a retirada mecanizada dos resíduos sólidos nos currais, levando o material que está mais seco direto aos pátios de compostagem”, esclareceu Luís Henrique Faria.
Uma vez nos pátios de compostagem, o material bruto é depositado em leiras de 250 metros de comprimento, passando por um processo de enriquecimento, onde é adicionado rocha fosfática, cloreto de potássio, boro, gesso e os inoculantes, que são bactérias usadas para a mineralização de todo o composto.
Todo o processo passa por um rigoroso controle de temperatura e umidade, que necessita de condições ideais para uma ação efetiva das bactérias. A expectativa neste ano é que sejam produzidas cerca de 40 mil toneladas de organominerais, suficientes para atender a demanda de mais outras duas fazendas pertencentes ao grupo.
E para este ano, a AGROJEM está viabilizando novos projetos sustentáveis, entre eles, um moderno sistema de irrigação via autopropelido, que vai reutilizar a água restante do processo de decantação das lagoas. Buscando formas de otimizar os recursos hídricos, um sistema de bombeamento já está sendo instalado junto as lagoas, para que essa água rica em nutrientes seja destinada aos piquetes rotacionados e áreas de lavoura da Fazenda São Geraldo.
O CEO da AGROJEM, José Eduardo Motta, destacou os avanços na empresa em busca de ações mais sustentáveis.
“O mundo precisa incorporar mais ações sustentáveis como esta, principalmente dentro do ramo do agronegócio. Devemos ser um exemplo nessas atividades e o mundo cobra isso. Esse é o nosso compromisso com o meio ambiente, e estamos indo mais além, trabalhando não apenas com os organominerais, mas também com a produção de insumos agrícolas diretamente em uma biofábrica instalada dentro da Fazenda São Geraldo. Tudo isso gera preservação e ainda garante mais rentabilidade e economia para a empresa”, afirmou o CEO. (Da assessoria de imprensa)