A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) divulgou nesta quarta-feira, 23, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) referente a janeiro de 2019. O primeiro mês do ano trouxe resultado satisfatório, o maior em quatro anos, atingindo 100,4 pontos. Segundo a própria Fecomércio, a última vez que o índice ultrapassou a centena foi em maio de 2015, quando chegou a 103,8 pontos.
De dezembro para janeiro, o indicador cresceu 3,4% e, já o resultado atual em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 8,8%. O único componente da pesquisa com resultado negativo é que o se refere às compras a prazo, que registrou uma queda de -2,2% de dezembro para cá. O destaque de janeiro ficou para o item “Nível de Consumo”, com aumento de 7,3% em comparação ao último mês do ano passado.
“Ou seja, há uma intenção maior de consumo para o mês, já que a ICF é um indicador que antecede as compras e mostra o ponto de vista dos consumidores. A pesquisa ainda trata da avaliação das famílias sobre a compra de bens duráveis, como se sentem em relação aos empregos e se estão satisfeitas com a renda atual. Essas informações podem ser muito úteis para o empresário que pretende investir”, explica a assessora econômica da Fecomércio, Fabiane Cappellesso.
Entenda a pesquisa
O IFC é um indicador com capacidade de medir a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação enquanto acima de 100 indica o grau de satisfação. O limite é de 200 pontos.
Reformas pode dar confiança ao empresariado
Para o presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni, o resultado da pesquisa indica um consumidor “mais otimista” neste início do ano, mas projeta resultados melhores caso o novo governo assuma compromisso com reformas. “É necessário que haja uma política voltada às reformas, que haja uma disposição do governo para atuar diante das reformas tributária, da previdência e política, no sentido de dar mais confiança ao empresário para que possa investir e, com isso, gerar mais emprego e renda”, finaliza. (Com informações da Assessoria de Comunicação)