O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Araguaína já iniciou uma série de medidas, planejamento e estratégias de ação para prevenir e conter eventuais casos da influenza aviária (H5N1) nas granjas e criações. O trabalho está sendo feito em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). Apesar de nunca ter registrado casos, o Estado já decidiu decretar emergência zoossanitária em todo território em função da detecção da enfermidade em aves silvestres na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e em aves de subsistência no Espírito Santo. “Estamos tomando medidas preventivas de maneira proativa. Enfatizo que estamos nos preparando e já avançamos em diversas etapas nesse processo”, informa Renata Mendes, diretora do CIEVS.
CAPACITAÇÃO
Nesta primeira fase, os órgãos estão capacitando os técnicos de vigilância animal e da saúde humana sobre a doença e seus desdobramentos. Gerente de sanidade animal da Adapec, Sérgio Liocardio reforça que o trabalho principal neste momento é evitar a chegada da gripe aviária nos municípios. “Temos duas frentes de trabalho, uma com produtores de granjas industriais, onde realizamos educação sanitária e reforçamos a biosseguridade, e outra com produtores de subsistência, a quem orientamos sobre a doença e a necessidade de notificação em caso de sintomas em suas aves”, informa o gerente, que ressalta que agência também orienta a população ribeirinha.
ENTENDA
A influenza aviária é altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, além de ocasionalmente infectar mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e até mesmo humanos. Nas aves, os principais sinais e sintomas são tremores na cabeça e no corpo, dificuldade de respirar, lentidão, tristeza aparente, penas arrepiadas, falta de resposta à tentativa de apanha, asas caídas, torção de cabeça e pescoço, incoordenação, face inchada, olhos fechados, fezes aquosas descoloridas, andar em círculo e de costas e geralmente com várias aves mortas próximas.
EM HUMANOS
Já no caso da doença em humanos, os sintomas são febre maior ou igual a 38º ou histórico de febre, sintomas respiratórios, como tosse, congestão nasal, coriza, dor de garganta e dificuldades de respirar, sintomas gastrointestinais, como enjoos, vômitos e diarreia, dor de cabeça, dor muscular ou conjuntivite.
ATENDIMENTO
O Plano de Vigilância em Influenza Aviária está sendo elaborado e a rede assistencial do SUS é capacitada para atender casos suspeitos em aves. Em situações de aves doentes ou mortas, a orientação é entrar em contato no 0800 063 1122, da ADAPEC, ou no 0800 642 7300 do CIEVS para mais informações