Um manifesto com 400 assinaturas de empresários, políticos, pesquisadores e docentes do câmpus de Dianópolis da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e da Universidade de Gurupi (Unirg) defendem a necessidade de uma reforma financeira. A principal crítica do movimento é em relação à atual política de juros do Banco Central (BC). Já é a segunda movimentação neste sentido. A primeira foi capitaneada pelo 7º período de Ciências Contábeis da Unitins. “Mesmo com a baixa, as elevadas taxas do mercado [12,75%] estão impedindo o crescimento e desenvolvimento econômico do Brasil e, portanto, é necessário uma reforma financeira”, resume. Entre os subscritores, estão a prefeita de Gurupi, Josi Nunes, e o reitor da Unitins, Augusto Rezende.
ECONOMIA REAL AO INVÉS DA ESPECULATIVA
No documento, o grupo defende que a manutenção da taxa de juros no atual patamar desestimula investimentos no setor da produção, isto porque os riscos de se investir no Tesouro Direto “é zero”, ao contrário das “muitas variáveis na indústria”. “Entendemos que a redução favorece nossa economia, no sentido de estimular o consumo e linhas de créditos mais acessíveis, fazendo com que pessoas possam abrir empresas, por exemplo, com financiamentos mais baratos, investindo assim na economia real ao invés da especulativa”, pontua. O texto também destaca fala do economista André Lara Rezende sobre o fato da inflação ser causada pela oferta, não pela demanda.