O titular da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, esteve reunido com representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e os de Aprendizagem Industrial (Senai) e Comercial (Senac) na sexta-feira, 21, para discutir o projeto de implantação de um polo de confecções no Tocantins. Na ocasião, o gestor entregou aos representantes do Sistema S o relatório de visita da missão técnica da SICS enviada a Pernambuco, que já tem a maior estrutura das regiões Nordeste e Norte.
GOVERNANÇA COM SISTEMA S E ASSOCIAÇÕES
Carlos Lima falou sobre o trabalho. “Este relatório contém informações que coletamos quanto ao histórico e operacionalização do polo de confecções pernambucano, dentre elas, o modelo de governança, que é independente do Poder Público. A proposta que o governo apresenta é, justamente, que os órgãos do Sistema S, juntamente com as associações comerciais e industriais assumam a governança do polo de confecções tocantinense, possibilitando a consolidação e perenidade do projeto”, destacou.
AGENDA
Entre os dias 3 e 6 de julho, uma missão técnica da Sics esteve em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, na zona do agreste pernambucano, para levantar informações quanto ao modelo de negócios e governança da cadeia produtiva que possam ser adaptadas à realidade tocantinense. Uma das peculiaridades da indústria têxtil e de vestuário de Pernambuco é a governança descentralizada e independente do Poder Público. Por lá, a gestão fica a cargo de associações, cooperativas e entidades público-privadas, dentre elas, órgãos do Sistema S.
VISLUMBRE
Diretora do Senai, Márcia Rodrigues comemorou a iniciativa e destacou que a cadeia da indústria de confecções é inclusiva e sustentável. “Toda a família pode estar inserida dentro do projeto da confecção; isso significa geração de renda e ocupação para as famílias. Com um estudo consistente e união de esforços entre as instituições, conseguimos vislumbrar a implantação desse projeto com resultados palpáveis ao longo de dois ou três anos”, avaliou. “É um projeto viável, importante e que vai despertar o empreendedorismo, a geração de emprego e renda e o desenvolvimento econômico da região onde o projeto for implantado”, emendou Lunáh Brito Gomes, do Senac.
ESTUDO SOBRE LOCAL
A região do Estado onde o polo será implantado ainda está em fase de estudos. Serão levados em consideração aspectos técnicos como densidade demográfica, proximidade entre os municípios que vão abrigar o polo e mercado consumidor. “As entidades do Sistema S têm boa capilaridade em todas as regiões do Tocantins. Basta conectarmos uma série de ações que já temos no sentido de produzir um projeto que venha a viabilizar o polo de confecções. Toda a discussão, geográfica, de perfil populacional e de interesse das entidades, convergem para ser um grande projeto”, pontuou o diretor do Sebrae, Rogério Ramos.
NOVA REUNIÃO
As entidades voltam a se reunir no mês de agosto após indicação dos técnicos que vão compor o grupo de trabalho que será coordenado pela Sics. O Governo do Estado estima um prazo de 24 meses para a elaboração dos estudos iniciais e início da implantação do polo de confecções tocantinenses.