Já estão disponíveis no site da Fieto os cinco primeiros cadernos do Estudo das Potencialidades das Principais Cadeias Produtivas do Agronegócio do Estado do Tocantins lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto) em cerimônia na noite dessa quarta-feira, 5, em Palmas. Os estudos foram entregues pelo presidente da Fieto, Roberto Pires, ao representante do governo do Estado, Dearley Kühn, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Indústria.
No evento de lançamento, voltado a instituições apoiadoras e empresários, foram entregues os estudos das cadeias de soja e milho, piscicultura, carne bovina, arroz e silvicultura. Outras três cadeias estão com o estudo em fase de consolidação (lácteos, suinocultura, avicultura) com finalização ainda este ano.
O estudo indica diagnósticos das cadeias produtivas nas esferas mundial, nacional e local, além dos seus respectivos mercados e análise dos custos de produção com suas forças e fraquezas. Estabelece ainda um planejamento estratégico até 2027 com objetivos e metas a serem alcançados e as estratégias centrais e programas que deverão nortear o desenvolvimento das cadeias e também os atores responsáveis por cada um deles.
Em seu pronunciamento, Roberto Pires citou dados de recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos demonstrando que áreas potenciais do Brasil (complexo soja, milho, algodão e carnes) irão exportar mais de US$ 1 trilhão de dólares até 2027, ou seja, uma média de mais de 100 bilhões de dólares ao ano. “O Tocantins tem potencial para participar desse extraordinário mercado de bens agrícolas primários”, avaliou Pires.
O estudo foi elaborado com recursos financeiros do Fundo de Desenvolvimento Econômico (CDE), com a coordenação da Fieto, e norteará o planejamento do governo, além de contribuir para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado, possibilitando a atração de investimentos, a organização destes setores produtivos estudados e a industrialização, segundo o secretário Dearley Kuhn.
“Muitos são os nossos desafios para atrair unidades de processamento, mas estamos no caminho certo. A iniciativa privada, principalmente por meio das federações e associações comerciais, são institutos importantíssimos para o nosso crescimento econômico. É isso que nós precisamos: iniciativas, boas ideias e trabalho. E a Fieto traduz justamente isso que todos esperamos da nossa sociedade, empresários competentes querendo fazer sua parte e contribuir”, ressaltou Kuhn.
Sobre os desdobramentos esperados a partir da publicação e entrega do estudo, Pires destacou a necessidade de dar continuidade ao trabalho indicado e o papel dos envolvidos. “Os caminhos da expansão do agronegócio estão indicados e à nossa frente. A tarefa de implementá-los é uma construção coletiva e o ideal é que seja agora entregue a um comitê gestor onde estado e iniciativa privada terão missões definidas. O primeiro concebendo e executando políticas públicas de estímulo e o segundo melhorando a gestão do seu negócio, sua produtividade e a qualidade de seus produtos”, disse o presidente.
A execução da pesquisa foi iniciada em junho de 2017. Para sua elaboração, conduzida pela empresa Markestrat, foram realizadas etapas de diagnósticos interno e externo, análise de bancos de dados, relatórios e entrevistas com diversos agentes da cadeia, tais como produtores, associações, cooperativas e sindicatos. (Com informações da ascom da Fieto)