A Federação das Indústrias (Fieto) em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) divulgou nesta sexta-feira, 19, o estudo da estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado entre 2011 e 2021.
ESTAGNAÇÃO A PARTIR DE 2019
Conforme o levantamento, desde de 2011 o PIB do segmento industrial registrou crescimento médio de apenas 0,7%, sendo que de 2019 a 2021 houve decrescimento de -0,6%, o que indica estagnação do processo de industrialização do Estado e reforça a necessidade de maior atenção na política industrial.
CRESCIMENTO ACIMA DA MÉDIA NACIONAL
O estudo destaca que de 2011 a 2021 a economia tocantinense foi afetada pelos mesmos problemas enfrentados pelo País como um todo, e que resultaram na queda dos preços das commodities, na crise econômica e política. Porém, continuou com um nível de crescimento acima da média nacional, mas ainda lento para promover um maior desenvolvimento para a população.
POR SETOR
Para 2021, têm-se as seguintes estimativas de valores no PIB por setor, com participação na economia do Tocantins e taxas de crescimento, respectivamente: Comércio e Serviços (R$ 16,6 bilhões / 40,6% / 6,6%), Administração Pública (R$ 11,4 bilhões / 27,7% / -0,4%), Agropecuária (R$ 8,4 bilhões / 20,5%/ 4,6%) e Indústria (R$ 4,5 bilhões / 11,1% / 3,0%).
ALTA PARTICIPAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO EMPREGO
A participação da administração pública no emprego total continua alta no Tocantins, conforme o estudo, mas teve queda significativa ao longo dos anos. Em 2002 a participação era de 56%, mas em 2021 caiu para 39%, porém acima da média nacional que é 18%.
CARECE DE PLANO ESTRATÉGICO
Para a Fieto, o estudo sobre o comportamento do PIB Industrial do Tocantins na última década revela que o segmento tem potencial para se desenvolver, mas carece de um plano estratégico para que isso aconteça. “Tema de extrema relevância para o segmento industrial, a evolução do PIB precisa e continuará sendo monitorada de perto a fim de atuarmos junto a órgãos públicos e demais entes na retomada de uma participação justa do setor produtivo que tanto colabora para o desenvolvimento econômico”, avalia o presidente da federação, Roberto Pires.