A Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) divulgou na segunda-feira, 3, os dados da Sondagem Industrial do 3º trimestre, realizado com apoio da Confederação Nacional (CNI). Conforme o documento, a elevada carga tributária volta a ser considerada o principal obstáculo ao desenvolvimento do setor. “Encarece o custo de produção e diminui a competitividade do setor. Aliado a isso, os empresários enfrentam dificuldades na obtenção de crédito, o que pode ter também contribuído para redução da expectativa de investimento”, resume Gleicilene Cruz, coordenadora da pesquisa.
ALTA TAXA DE JUROS
A insatisfação mostrada na sondagem por meio do indicador de “Acesso ao Crédito” pode ter relação com a alta na taxa de juros. O indicador relacionado ao crédito registrou tímidos 38 pontos, quando a linha divisória que mostra satisfação com este item é de, pelo menos, de 50 pontos. O indicador de intenção de investimento sofreu uma queda de 5 pontos ao registrar 51 pontos no período pesquisado.
EXPECTATIVA
Ao avaliar a expectativa do empresário industrial, a pesquisa mostra queda em todos os indicadores, exceto sobre a quantidade exportada (60 pontos – 3 acima da pesquisa anterior). Contudo, os valores seguiram acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários estão com expectativas otimistas quanto a demanda interna e externa (53 pontos), em relação ao número de empregados (53 pontos) e a compra de matéria-prima (56 pontos), mesmo que de forma menos intensa e disseminada que no mês de julho.
CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO
Apesar da pequena queda de 0,5 ponto entre setembro e outubro (passou de 47,7 pontos para 47,2) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que o segmento permanece pouco confiante em relação aos próximos seis meses. Apurado mensalmente, o ICEI de outubro mostrou recuo na confiança do empresário tocantinense da indústria ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo segundo mês consecutivo. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve queda significativa de 14 pontos.
EXPECTATIVAS E CONDIÇÕES ATUAIS
Segundo a pesquisa, o que contribuiu para o baixo desempenho do ICEI foram as avaliações em relação às “Expectativas”, que caiu 1,4 pontos (passando de 52,0 em setembro para 50,6 em outubro). Mesmo com a queda, o indicador segue acima dos 50 pontos, o que indica que os empresários, de forma menos disseminada, permanecem com expectativas otimistas. O estudo destaca que entre setembro e outubro deste ano o indicador de “Condições Atuais”, um dos que compõem o ICEI, passou de 39 pontos para 40,3, registrando um aumento de 1,3 pontos. No entanto, permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando que na perspectiva dos empresários a situação atual, tanto da economia brasileira quanto de seus negócios, piorou em relação aos últimos seis meses.