O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, recebeu na tarde dessa terça-feira, 29, no Palácio Araguaia, os diretores da empresa Granol, José Anthero Catanio Pellosi e Ronaldo Sartori, para debater incentivos fiscais com a finalidade de garantir matéria-prima para fins de industrialização de derivados da soja no Tocantins.
Na prática, parte da soja que hoje é exportada pelo Estado sem tributação, devido ao benefício da Lei Kandir, seria destinada à indústria local e dessa forma recolheria impostos sobre essa operação.
“Surgiu uma situação de negócio de a nossa empresa realizar a industrialização para uma outra empresa e para que isso pudesse acontecer há a necessidade de uma adequação na legislação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Estado. Trouxemos essa situação para a Secretaria da Fazenda e hoje viemos aqui para apresentar a proposta ao Governador que nos deu a sugestão de fazer um acordo de regime especial que dê mais segurança para o Estado e para as empresas envolvidas. A gente entendeu que está correto e vamos prestar todo o auxílio para que isso possa acontecer”, explicou o diretor da Granol, Ronaldo Sartori.
Ainda de acordo com o diretor Ronaldo Sartori, a medida contribuiria para o processo de agroindustrialização no Estado. “É interessante para empresa porque retém um pouco de matéria-prima no Estado para industrialização e disponibiliza subprodutos da soja que serão comercializados no mercado interno. Então é uma operação de interesse tanto para as empresas quanto para o Tocantins, objetivamente traz maior arrecadação para o Estado, ao invés de ser exportado in natura sem nenhuma industrialização”, concluiu.
O governador Mauro Carlesse ouviu atentamente os diretores e solicitou ao secretário de Estado da Fazenda, Sandro Armando, que analise a proposta de forma que resulte em benefícios não só para as empresas, como também para o Estado do ponto de vista de arrecadação, e ainda para a população com a geração de emprego e renda. “Enquanto gestor eu quero mais é que o Estado cresça em todos os sentidos, que as indústrias venham e gerem emprego e renda para a nossa população. Mas tudo isso deve ser feito dentro da legalidade e bem ajustado para não faltar matéria-prima e para que esse beneficiamento de produtos ocorra aqui dentro do Estado mesmo”, pontuou.
“Vamos reunir os diretores da empresa e a nossa equipe técnica para ver a melhor solução, pois sem dúvida é um tipo de operação que resultará em arrecadação para o Estado e trará muito mais benefícios para o setor agroindustrial gerando mais oportunidades de trabalho”, informou o secretário da Fazenda, Sandro Armando.
Também participaram da reunião os secretários da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, e da Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lyra, e ainda o gerente administrativo da Granol, Jordel Machado. (Da assessoria de imprensa)