A pandemia mundial do coronavírus gerou diversas consequências que perduram na vida dos infectados, sendo uma delas a perda de olfato durante e após o diagnóstico. Conhecida clinicamente como anosmia, a ausência da percepção de cheiros atinge cerca de 86% das pessoas com casos leves da doença, segundo uma pesquisa publicada este ano, no Journal of Internal Medicine1. O cenário lançou luz sobre a importância do sentido e a falta que ele faz no dia a dia, não apenas por seu desempenho fisiológico, mas também pelo afetivo. Neste contexto, o Grupo Boticário, um dos maiores conglomerados de beleza do mundo, anuncia a criação do Centro de Pesquisa do Olfato, área dedicada ao estudo do sentido, que, por meio do desenvolvimento tecnológico e científico, tem como objetivo fomentar e difundir conhecimento em torno do tema.
Liderada por o Boticário, expert em perfumaria e a primeira unidade de negócios do Grupo, a iniciativa tem como ponto de partida a complexidade do considerado “sentido da vida”, que é capaz de criar uma interação entre comportamento humano e bem-estar. Dos cinco sentidos, o olfato é o único que atua no Sistema Límbico, ou seja, conecta-se com a área do cérebro responsável por gerenciar as emoções e criar memórias. “Entendemos a importância social do olfato por sermos referência no assunto. O cheiro marca momentos, nos transporta entre tempos e resgata emoções vividas – foi partindo da afetividade acerca do olfato que surgiu o Centro de Pesquisa do Olfato que, para além dos desdobramentos comportamentais, tem por objetivo contribuir com renomadas instituições autorizadas que, por sua vez, conduzirão as pesquisas visando a prevenção de diagnóstico de distúrbios que afetam a qualidade de vida. Foi partindo disto que decidimos ir além dos nossos frascos e usar nossa expertise para deixar um legado para a sociedade”, explica César Veiga, Expert em Fragrâncias do Grupo Boticário.
Impulsionado pelo cenário pandêmico, o tema virou prioritário para o Grupo Boticário não somente pelo contexto em que estamos inseridos, mas pelo desejo em contribuir para pesquisa e inovação no Brasil e no mundo, bem como democratizar a informação para a população brasileira. Entre as iniciativas, além da criação do Centro de Pesquisa do Olfato, o Grupo vai disponibilizar, a partir do dia 25 de novembro, um hub de conteúdo que ficará hospedado no e-commerce da marca para o público com materiais, artigos, pesquisas e até mesmo um canal de conversa para compartilhamento de relatos sobre a perda olfativa, que futuramente podem se tornar objeto de estudo.
O Centro de Pesquisa do Olfato reunirá pesquisadores, médicos, especialistas em neurociência, em perfumaria e comportamento humano, atuando em quatro pilares que se interseccionam. Ciências das Emoções, vai se amparar na neurociência como recurso para relacionar sentidos, ativar memórias e apurar o olfato; Diversidade Sensorial, terá como premissa a investigação de diferentes percepções do olfato influenciadas pela diversidade populacional, como gerações, etnias, deficiências auditiva e visual, promovendo iniciativas de inclusão; Futuro do Olfato, atuará no aperfeiçoamento científico como forma de desvendar o sentido em todas suas camadas, mesmo as intangíveis; e por fim, Disseminação do Conhecimento, vai liderar e apoiar pesquisas acerca do tema no intuito de disseminar e democratizar conhecimento e informação para profissionais de outras áreas e sociedade.
Liderado por Gustavo Dieamant, Diretor Executivo de P&D, e por Rafael Muller, Diretor de Categoria de Perfumaria, o Centro de Pesquisa do Olfato vai abrigar áreas já existentes no Grupo Boticário, que há décadas desenvolvem, coletivamente, um trabalho focado em inovação para entregar fragrâncias para o consumidor final, acumulando cases de sucesso como o uso de Estudos de Neurociência e Inteligência Artificial para suportar os benefícios.
“Para nós, o olfato vai além da função fisiológica relacionada ao odor e suas memórias. Há uma relação funcional com um órgão complexo como a pele e essa interação diz muito sobre os efeitos biológicos positivos gerados por algumas fragrâncias e seus componentes, por exemplo. É uma ciência que tem sua beleza, mas também sua complexidade”, explica Dieamant, que é também Doutor em Neuroimunoendocrinologia Cutânea.
A criação da área que perpassa o desenvolvimento de produtos tem como objetivo entregar para sociedade o melhor em tecnologia olfativa, como um compromisso contínuo com o consumidor final no que diz respeito ao conhecimento, impacto social e inovação. “Nós queremos ampliar nossa entrega para a sociedade. Além dos mais de 15 mil itens que integram os portfólios das marcas do Grupo Boticário, entendemos o nosso papel na aceleração de pesquisas em inovação e tecnologia no que tange o universo olfativo. Nosso intuito é disponibilizar o Centro de Pesquisa do Olfato como braço para pesquisas de interesse público, lideradas por universidades, médicos parceiros e pelo nosso time de especialistas” afirma Gustavo Dieamant.
1Prevalence and 6-month recovery of olfactory dysfunction: a multicentre study of 1363 COVID-19 patients
Pesquisa e inovação
Entre os principais estudos que já estão sendo conduzidos no Centro de Pesquisa do Olfato, um deles investiga a evolução multissensorial com foco na fisiologia olfativa. O intuito da iniciativa é estimular o cérebro a entender o cheiro por outras vias, que não seja o nervo olfatório. Outra pesquisa liderada pela área faz parte de um tema muito importante para o Grupo Boticário, a diversidade e inclusão. O Diversidade Sensorial está desenvolvendo um treinamento olfativo para pessoas com deficiência visual, com o intuito de inseri-las no mercado de trabalho por meio de uma habilitação para atuar na área de avaliação sensorial do Grupo Boticário. Para o futuro, o Centro de Pesquisa do Olfato pretende apoiar pesquisas com instituições autorizadas focando no estímulo olfativo, de forma contribuir para a melhora do bem-estar. (Da assessoria de imprensa)