Em setembro, a pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) na Capital registou um aumento de apenas 0,6 ponto, com relação a agosto. Porém, se comparado ao mesmo período de 2017, o aumento chega a mais de cinco pontos. A pesquisa é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins.
A variação mensal positiva de quatro componentes pode ter influenciado no resultado do índice geral, sendo eles: perspectiva profissional (+2,3%), renda atual (+ 0,9%), nível de consumo atual (+6,4%) e a perspectiva de consumo (+3,9%).
Apesar do tímido crescimento no índice geral, 71,8% estão se sentindo mais seguros em seus empregos comparado ao mesmo período do ano passado e a maioria (54,1%) dizem considerar sua renda maior em setembro desse ano. Mas com relação ao consumo, quando analisado o porcentual de cada item isolado ainda é alta a parcela de pessoas que consideram o cenário negativo. 58,8% afirmaram estar comprando menos do que no mesmo período de 2017 e 41,5% acham que o consumo tende a ser menor do que o ano passado, resultados menores do que registrados em agosto.
Para 75,1% das famílias entrevistadas, o acesso ao crédito está mais difícil, além disso, 56,6% avaliaram que este não é um bom momento para aquisição de bens duráveis, o que pode ser explicado, segundo o presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni, “Com o poder de compra dos consumidores baixo, o cenário contribui fortemente para esta movimentação, e com isso, as famílias palmenses tendem a não considerar este momento ideal para compra de bens duráveis, que em sua grande maioria tem valores mais altos”.
Sobre o ICF
Trata-se de um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para a própria política econômica, para as atividades produtivas, para consultorias e instituições financeiras. O ICF investiga junto aos consumidores sete itens, sendo eles: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, facilidade de compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo no curto prazo e oportunidade para compra de bens duráveis. (Com informações da ascom Fecomércio Tocantins)