O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins, Marcelo Leis, divulgou vídeo nas redes sociais na tarde desta sexta-feira, 7, para destacar a agenda do governo estadual com produtores rurais e sair em defesa do Programa de Redução de Emissão dos Gases de Efeito Estufa por Desmatamento e Degradação (REDD+). A iniciativa recebeu críticas recentes do ex-deputado federal e ex-secretário estadual da Agricultura César Halum e questionada pelo engenheiro elétricista, ambientalista e especialista em agroenergia e energia renovável, Paulo Corazzi.
REDD+ NÃO É ADVERSÁRIO DO AGRONEGÓCIO
Na publicação, Marcelo Lelis exaltou a oportunidade de apresentar detalhes do Programa de Redução de Emissão dos Gases de Efeito Estufa, que destaca não ser antagônico aos produtores. “Podemos atacar, ponto a ponto, as principais pautas do setor produtivo colocadas para o governo. Eu pude também apresentar o programa REDD+, colocar que não é um adversário do agronegócio, muito pelo contrário. Os recursos vão destravar, modernizar, especialmente o Naturatins [Instituto Natureza do Tocantins]. Foi um momento muito rico e a gente tem que continuar fazendo este bom debate”, defendeu o titular da Semarh.
CRÍTICAS
Com passagem em cargos de direção do Ministério da Agricultura e ex-secretário estadual, César Halum é um dos críticos ao programa. O político entende que o REDD+ “não é de sequestro de carbono”. “É um projeto de equivalência. Não desmata aqui, mas quem pagar pode desmatar em qualquer outro lugar do mundo. Ninguém tem o direito de vender a natureza e ninguém tem o direito de pagar para receber autorização para desmatar”, justifica. O entendimento foi acompanhado pelo ambientalista Paulo Corazzi, que questionou até o impacto financeiro da iniciativa. “A renúncia econômica [do Estado] é muito grande. É um péssimo negócio. Para ganhar R$ 2 bilhões, você faz uma renúncia de R$ 300 bilhões. Não tem cabimento”, disse ao quadro CT Entrevista.
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