O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, classificou de “normal” a volatilidade no mercado financeiro internacional nos últimos dias. Segundo ele, a turbulência nas bolsas de valores não terá impacto relevante sobre a economia brasileira, que continua crescendo.
“É uma volatilidade normal. A bolsa norte-americana subiu muito e está fazendo um ajuste. Vamos ver para onde vai esse ajuste. Não acredito que haja, dentro do quadro da visão deste momento, impactos relevantes para a economia brasileira”, declarou o ministro ao sair para a posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux.
Segundo Meirelles, o Brasil continua crescendo. Ele descartou a possibilidade de intervenção do governo nos mercados de juros e de câmbio porque eles continuam funcionando normalmente. “Os mercados, tanto de juros como de câmbio, estão líquidos [com dinheiro circulando]. Está tudo funcionando normalmente. O fato é que a economia brasileira está crescendo. Agora, eu não me pronuncio sobre o que vai acontecer com o mercado”, acrescentou.
Para Meirelles, a bolsa de valores norte-americana, que subiu muito nos últimos dias, fez uma correção de valores. Ele disse que ainda é necessário esperar a movimentação do mercado, mas que o fato de as bolsas de São Paulo e de Nova York terem fechado em alta e de o dólar ter encerrado o dia com pequena queda indicam que os investidores se acalmaram.
Previdência
De acordo com Meirelles, a nova versão do texto da reforma da Previdência, a ser apresentada nesta quarta-feira, 7, pelo relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), deverá ser próxima ao texto atual. Ele disse desconhecer a proposta de criar um fundo de pensão para os servidores públicos estaduais com participação da União.
Antes de sair para a cerimônia no TSE, Meirelles reuniu-se com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no Ministério da Fazenda. O ministro disse que os dois avaliaram o cenário econômico atual, mas ressaltou que o encontro não foi convocado de última hora para debater a turbulência nos mercados financeiros. Segundo Meirelles, o almoço semanal entre ele e Goldfajn, às terças-feiras, foi transferido para o fim da tarde porque o ministro almoçou com o presidente Michel Temer. (Wellton Máximo, da Agência Brasil)