O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça-feira, 20, em Brasília, a segunda reunião do ano, com expectativa do mercado financeiro de redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic. Nesta quarta-feira, 21, será realizada a segunda e última parte da reunião, com anúncio da decisão às 18 horas.
Em fevereiro deste ano, o Copom cortou a Selic pela 11ª vez seguida. A taxa Selic caiu em 0,25 ponto percentual, de 7% ao ano para 6,75% ao ano. Agora, poderá ir para 6,5%
Com essa redução, a taxa chegou ao menor nível de toda a série histórica do BC, com início em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a Selic foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015.
Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 7% ao ano em dezembro do ano passado, o nível mais baixo até então.
Na reunião passada, o comitê chegou a dizer que poderia encerrar o ciclo de cortes na Selic este mês, mas, com a economia em recuperação e a inflação mais baixa, o mercado espera por novo corte nos juros básicos.
Juros podem cair
De acordo com pesquisa do BC junto a instituições financeiras, a expectativa é que a Selic seja reduzida em 0,25 ponto percentual na reunião desta semana e se mantenha em em 6,5% ao ano até o fim de 2018.
A expectativa do mercado financeiro é que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termine este ano em 3,63%%, abaixo do centro da meta: 4,5%.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustar a Selic para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência do Copom é baratear o crédito e incentivar a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. (Kelly Oliveira, da Agência Brasil)