Os Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres (MM) divulgaram nessa segunda-feira, 25, o 1º Relatório de Transparência Salarial. O documento traz um recorte de gênero e apresenta dados regionais, extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o governo federal.
CENÁRIO TOCANTINENSE
No total, 186 empresas tocantinenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 45 mil de empregados. As mulheres ganham 14,6% a menos do que os homens no Estado. A diferença de remuneração entre homens e mulheres também varia de acordo com o grupo ocupacional. No Tocantins, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 24,8%.
RECORTE POR RAÇA
No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, embora estejam em maior número no mercado de trabalho tocantinense, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.338,34, a da não negra é de R$ 2.899,05 (diferença de 24,03%). No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 2.823,79 e os não negros, R$ 3.275,81 (16,05%).
POLÍTICAS
No caso do Tocantins, o relatório registrou que 53% das empresas possuem planos de cargos e salários; 35% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 29% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 27% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Apenas 20% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 28% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (16%) e auxílio-creche (16%).