Num rápido pronunciamento no 4° Encontro Estadual da Indústria, realizado na noite dessa quinta-feira, 22, o governador Mauro Carlesse (PHS) disse esperar que daqui a quatro anos o Estado seja “um Tocantins totalmente diferente”. “Com despesas bem reduzidas, o que estamos fazendo. É difícil, mas não é impossível. Com a união de todos, nós vamos conseguir fazer as reduções que precisamos, enquadrar o Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal e elevar a letra junto ao Tesouro Nacional”, projetou o governador.
Ele contou estar trabalhando para que a letra de classificação do Estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional salte da atual C para B. “E, se Deus abençoar, no ano que vem conseguiremos a letra A, o que nos possibilita trazer investimentos para o Tocantins”, afirmou o governador.
Para ele, só existe uma saída para o Estado: “Industrializar. Nosso povo tem condições, bem como nossos empresários, e o Estado tem muito a oferecer”, avaliou.
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Uma construção de 30 anos
Nesta 4ª edição do Encontro, o jornalista William Waack foi o convidado para realizar a palestra “Economia e Política no Brasil com um Novo Governo”. A crise fiscal em que o País se encontra foi o ponto central da análise do jornalista que acredita ter sido uma situação construída ao longo de 30 anos. “De cada 1 real que sai do cofre público, 75 centavos vão para previdência, programas assistenciais, custeio do funcionalismo público e despesas com a máquina, é uma grande folha de pagamento da qual 2/3 da população é dependente, de uma forma ou de outra”, avaliou sobre a situação da União.
Ao falar dos Estados, o jornalista quantifica que, das 27 unidades, 16 quebraram e alguns estão gastando 90% da receita corrente líquida com pagamento de funcionário público. “Esse é o tamanho da crise fiscal e imaginar que ela possa ser resolvida por uma só pessoa e uma só instância, de forma rápida, é uma completa ingenuidade”, avisou.
Mesmo diante deste quadro, Waack vê o resultado da eleição presidencial como uma oportunidade se abrindo que deu uma mostra do que acredita ser a única saída: a participação popular na política. “Não existe resposta que não venha da política. Só pela política se sai de uma situação dessa, a partir do engajamento, da participação, da cobrança dos políticos. É esta a única saída e parece que a gente está encontrando”, disse.
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