A 8ª edição da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras afirma que Palmas é a terceira capital com maior proporção de famílias endividadas na região Norte do País, atingindo um índice de 70%, acima da média nacional, calculada em 62%. O estudo se refere a 2017 e foi realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).
No primeiro lugar da lista, Boa Vista (RR) vem sendo considerada a capital mais endividada, atingindo 83%; e, em segundo, Macapá (AP), com 76%. Após Palmas, estão Manaus (AM), com 62%; Rio Branco (AC), com 60%; Porto Velho (RO), com 52%; e Belém (PA), com 40%.
No entanto, as famílias palmenses são a terceira do País com menos dívidas em atraso, 13%, ao lado de Porto Velho (RO). Em primeiro estão as famílias de João Pessoa (PB), com 5%, e em segundo as de Brasília (DF), com 11%.
Segundo a assessora econômica da Fecomércio Tocantins, Fabiane Cappellesso, com a retomada da economia o cenário começou a mudar, já que em 2017, com a melhoria gradual da confiança, as famílias voltaram a buscar crédito e fizeram a retomada deste consumo que estava reprimido.
“O que ajudou muito essa busca pelo crédito foi o aumento da renda das famílias, a queda da inflação, a queda na taxa do desemprego e o aumento na massa de rendimentos dos aposentados”, ressaltou a assessora.
Outro destaque que Palmas alcançou com a radiografia foi o primeiro lugar no item renda média da família, na região Norte, com R$ 5.305. De acordo com o levantamento, a renda média das capitais brasileiras ficou em R$ 6.424. Além disso, o porcentual de família com dívidas em atraso, ou seja, inadimplentes ficou em 13% na capital do Tocantins, enquanto a média nacional é 26%.
O presidente do Sistema Fecomércio, Itelvino Pisoni explicou que o dado é positivo para o Estado. “Se a inadimplência continua estável no Tocantins, apesar de ter tido aumento na média nacional, isso significa que as famílias de Palmas estão conscientes e sabendo lidar com suas dívidas. Isso é bom para o comércio porque existe o consumo mas a inadimplência não é exorbitante”
No último levantamento, o porcentual de famílias com dívidas em atraso de Palmas estava em 14% (queda de 1% se comparado com a radiografia atual) e a média nacional estava em 23%, aumento de 3%.
Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras
O estudo avalia os principais aspectos, dimensões e efeitos da política de crédito no Brasil, sobre as famílias entre 2015 e 2017, período transitório, com encerramento da crise econômica (2014/2016), e início de um processo de recuperação em meio às incertezas políticas e econômicas. A análise foi feita com base em informações do Banco Central do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). (Com informações da Assessoria de Imprensa)