Para reduzir o número de danos involuntários decorrentes da assistência prestada ao paciente em hospitais, que podem acarretar em lesões mensuráveis aos pacientes, óbito ou prolongamento da internação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coletou dados, analisou e propôs diretrizes para o combate a tais eventos adversos através da aliança mundial pela segurança do paciente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP) todo ano 10% de todos os pacientes internado do País sofrem com eventos adversos, gerando um total de 1,7 milhão de vítimas. Desses pacientes, 220 mil vão a óbito. Em 2011, o Ministério da Saúde divulgou um estudo que indica que 66% dos incidentes ocorridos em hospitais poderiam ser evitados, como por exemplo a administração incorreta de medicamentos, erros em procedimentos e até queda de pacientes das camas.
Após análise, em 2013, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) para colaborar na qualificação do cuidado da saúde do paciente nos estabelecimentos de saúde do Brasil e aprovou seis protocolos de segurança do paciente que são: a identificação correta do paciente; a melhora na comunicação entre os profissionais de saúde; a melhora na segurança da prescrição, do uso e da administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; a higienização das mãos para evitar infecções; e a redução do risco de quedas e úlceras por pressão.
Hoje é obrigatória a implantação do núcleo de segurança do paciente em todas as organizações de saúde do País, mas estima-se que apenas 19% de todos os hospitais do país possuem esse núcleo instalado. No Tocantins, o único hospital particular que segue os protocolos de segurança como orientado pelo Ministério da Saúde é o Hospital Unimed Palmas.
O diretor técnico do Hospital Unimed Palmas, Daniel Martins Hiramatsu, explicou como o hospital iniciou o processo para redução de danos aos pacientes. “Com os protocolos clínicos podemos padronizar os procedimentos e evitar os eventos adversos nas mais variadas situações. A ideia é reduzir a zero os riscos de erros e aumentar a segurança do paciente e da equipe de trabalho. Para isso, todos os colaboradores do Hospital Unimed Palmas estão trabalhando constantemente na conscientização e na capacitação dos profissionais da saúde”, disse.
O diretor destacou ainda que como a maioria dos hospitais não aplicam todos os protocolos clínicos fica impossível calcularem o número de eventos adversos. “Com a implantação dos protocolos clínicos, nós podemos monitorar os resultados, com foco sempre em minimizar os riscos e danos aos pacientes, além de identificar possibilidade de melhoria dos processos, do atendimento e da assistência do Hospital”, reforçou o diretor.
Para conscientizar os profissionais de saúde, órgãos governamentais, pacientes e a sociedade em geral da necessidade da implementação das práticas de segurança dentro dos serviços de saúde, foi definido no calendário o dia 1º de abril como o Dia Nacional da Segurança do Paciente. Em 2019, o Hospital Unimed Palmas comemora esta data estando com 100% da equipe de assistência capacitada para diminuição de danos e riscos ao paciente e, sendo o primeiro Hospital a atender os seis protocolos de segurança do paciente. (Da Assessoria de Imprensa)